jeudi 10 janvier 2008

Jardim das palavras ...


"Sou o resultado desses amigos que tenho e do que recebo diariamente de afago, cuidado e demonstrações de afeto. É disso que sou feita: de um bocado de tanto amor.

Sou resultado desses encontros, dessa magia que é meu cotidiano. Dessa minha negociação com a meteorologia pra fazer uma festa na praia e ter de presente uma lua imensa, incrível e pessoas lindas que apreciam a arte, que adoram compartilhar.

Sou a protegida pelos meus Orixás. Sou minhas Meninas, meus Caboclos, meus Pajés. (SOU!) .Sou eu mesma essa gota, esse grão, uma obra eternamente inacabada: tudo é uma possibilidade de melhora, de mudança, de lapidação.

Sou como as pessoas que me cercam, como essa gente que quer mudar a si mesmo pra que o mundo vibre numa freqüência mais saudável. Gente que presta atenção naquilo que não conhece porque abraça a novidade com a sabedoria de quem nunca vai querer parar de aprender: da teoria intelectual mais complexa à maneira mais criativa de improvisar um cinzeiro.

Eu sou essa gente que se dói inteira porque não vive só na superfície das coisas. E que, por conviver mais profundamente com as angústias, são os primeiros a experimentar o êxtase de um dia de sol ou de chuva, de qualquer coisa aparentemente simples. Gente que sabe que viver com simplicidade é a coisa mais complexa que existe... e a mais sábia.

Eu posso ser qualquer coisa que me digam que eu seja porque assim me vêem, porque também sei que tudo é transitório, que tudo é movimento e possibilidade de alguma coisa. Estou apta para me deixar interpretar, mas não para rótulos. Qualquer pessoa que me pense algo, por pensar já perde qualquer coisa que me congele numa imagem... Mesmo quando dizem: tu és poeta. Poesia é fluidez.Sou o que estou e, isto sim, é perpétuo.

Talvez eu seja uma escolha quando todos os caminhos resolveram mudar de lugar só porque ela já foi feita...Mas eu celebro o mistério.

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