lundi 19 novembre 2007

Silencio: maridos espancados...


foto:olhres.com

2 commentaires:

Bayano Valy a dit…

Minha querida,
Não sei não se a violência não tem sexo. Acho que há uma tentativa do sexo dominante (neste caso masculino) querer desviar atenção do problema - o problema é que as maiores vítimas são as mulheres, e o que dizem os jornais? Repare nos textos: mulher violada; mulher espancada; etc... e nunca homem viola mulher; homem espanca mulher. Veja só 10% de homens (não sei qual foi o universo utilizado e em que zona) foram vítimas de violência doméstica, e o que dizer das muitas mulheres que nem chegam a reportar casos de abuso? É necessário que antes se corrija a linguagem. essa me faz recordar daquela de que algo só é notícia quando o homem morde o cão; neste caso é notícia porque a mulher bateu no homem.

Aguiar a dit…

Ola Bayano
nao tinha visto isto aqui Bayano. mto pertinente sua intervençao. Lamento mto, mas nao possuo informaçao suficiente para concordar ou discordar de sua afirmaçao, a saber se “ha uma tentativa do sexo dominante(masculino)ou nao para desviar a atençao do problema”. Entretanto, devo dizer-lhe que as ultimas estatisticas vieram à luz na sequencia do caso Trintignant, uma actriz francesa que morreu na sequencia do espancamento de seu companheiro, um musico.

como ser humano, nao pactuo com, tipo algum, de violência. Eu propria sou victmia de dois tipos de violencia, uma em relaçoa ao meu sexo e a outra em relaçoa à minha cor. Entretanto, tenho para mim, que isto nao é condiçao suficiente e necessaria para que eu me torne, indiferente, ao outro lado lado da historia. Certamente suscitarei a incompreenção das mulheres, a incrédulidade dos homens mas, penso que a violencia conjugal se inscreve no quadro de uma relação. Ao fazer esta afirmaçao nao estou a negar a violencia feita às mulheres... nao, nao posso, e nao quero fazer tal afirmaçao.
Apenas quero chamar atençao para o outro lado do problema, considerando evidentmenet os contextos e as praticas culturais de cada pais, de cada regiao, de cada povo. Uma sociedade constroi-se com base nas relaçoes sociais e o amor e o odio fazem parte dos jogos que regem a construçao das sociedades. é so isto. Ao tentarmos compreender este tipo de relaçoes - “relçoes conjugais” – é tentar compreender a nossa sociedade. compreende-la, para poder melhor intervir, e para isto é absolutamente necessario tentar descodificar os dois lados do problema. Sinto mto Bayano, mas é assim que eu penso.

No meio dos varios depoimentos, no dossier de france soir (http://www.francesoir.fr/dossier/2007/11/09/hommes-battus-les-oublies-des-violences-conjugales.html), ha um de uma senhora de 44 anos, segunda feira 12 nov 2007 às 8:16 H
Que diz “grosso modo” que a violencia das mulheres é uma resposta à agressao dos homens. Ela vai mais longe e diz que ha homens que se servem da sua profissao para as arrasar para sempre. Este ultimo caso dificil de se provar.

Qdo tal acontece consta-se o “silencio cumplice" de toda uma sociedade vezes sem conta verdadeiras profissionais sao “lançada as urtigas”... essa luta é dura, silenciosa e desigual,

P. Langa por outros motivos traduz este problema mto bem qdo diz

“Lá onde existem pessoas - pensando, agindo, insinuando, amando, odiano, fazendo tudo que os produz como indivíduos (pessoas) e produz a sociedade que somos, lá onde o homem da moral se cala, onde as boas maneiras nos aconselham o silêncio, onde o respeito pela vida/morte demanda prudência, enfim, lá onde se produz a vida em sociedade - existe materia prima para o sociólogo estudar a (sua) sociedade!”

Por isto penso que devemos analisar descomplexada e friamente os dois lados do problema.


Mto obrigado pelo comentario Caro Bayano, apareça sempre. Se bem que eu ande desaparecida. :-)