Segundo o livro bíblico do Gênesis, a Arca de Noé foi a provisão pela qual os antepassados de toda a humanidade sobreviveram ao Dilúvio Bíblico.
Nesta quadra natalicia, que se quer de muito amor, muita paz, fraternidade e solidariedade, Deus reeditou a arca de noé, em francês, claro, “arche de Zoé” . Escolheu, assim, Deus, uma lingua prenhe de significaçoes, a lingua dos direitos do homem , lingua de Moliére, patrono da comédia francesa. A escolha de de Deus nao foi “por acaso”. Nao, nao. Deus, sabe sempre o que faz. E, quando, parece, que nao sabe, nao faz mal. Deus é Deus. Dizia eu, que Deus escolheu uma simpatica lingua romanica, língua justa e justiceira, e porque não desinteressadamente solidária, para nos questionar sobre o significado de “humanitario”.
Voilà, “humanitaire”, “humanitario”, essa grande palavra, dotada de bons sentimentos, embalando nos seus braços, todos os homens do planeta, tanto a norte como a sul. Por vezes, na falta de braços longos, muito longos, os abraços fragmentam-se, multiplicam-se, organizam-se e reorganizam-se, varios abraços, diversas acçoes - “acçao humanitaria” , “ajuda humanitaria” . Mas, a questão que se coloca, neste momento é a de saber em caso de diluvio, quem sao os priveligiados de Deus?
A acção humanitaria” é pura e desinteressada? Sera o “humanitario” um mundo de negociaçoes permanentes?
o embroglio diplomatico –humanitario protagonizado pela associação francesa “arche de Zoé” no Tchad, talvez, nos possa ajudar a reflectir sobre estas questoes. “Arche de Zoé” tinha por lema “agir, sem olhar a meios”. Método, hoje criticado, inclusivé, por outras ONG’s. A questao que se coloca é de saber se as criticas, neste momento, dirigidas, à “arche de Zoé”, são fruto de uma reflexão amadurecida, ou apenas a vontade salvarem a imagem de suas ONG’s?
diz-se que os membros da associação “arche zoé” sonegaram às autoridades locais, a intençao de levar para França 103 crianças . Cinco pais representando 70 famílias que confiaram os filhos à Arca de Zoé prestaram depoimento, afirmando que confiaram as crianças a essa associação porque ela prometia ministrar a eles uma boa educação, mas "se enganaram e seus filhos foram roubados".
julgados no Tchad, condenados a oito anos de trabalho forçado, os 6 membros da ONG “arca de Zoé” regressaram ontem, sexta-feira, 28 de Dezembro de 2007, a França. Onde foram encarecerados. Os 103 orfaos continuam no Tchad, num orfelinato.
Quem sao os priveligiados de Deus, afinal? Serao aqueles embarcados na arca? Ou serao aqueles que ficam em terra? de que Deus falamos nós?
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