Já entrevistei o autor da postagem a que se refere. Não o conhecia bem. De qualquer forma, recusei-me ser deselegante.Não gostaria de o ser agora. Por outro lado, nada adianta mergulharmos a cabeça na areia. Não sei se teve a oportunidade de ler duas postagens minhas sobre este tema: “RASCISMOS 1 E 2”. E uma outra, “Sobre uma Certa Direita” É sobejamente conhecida a capacidade que a direita tem para recuperar o que a critica. A direita para sobreviver lança mão de mecanismos obscuros e enganadores para disfarçar a sua vocação histórica A direita é, por definição, a aliada natural dos poderosos, dos opressores e dos manipuladores da opinião pública. A direita é conservadora, é retrógada. A direita é como os insectos: sai mais forte quanto mais fortes são as doses de DDT que lhes aplicam.Quem domina, há séculos, o mundo? É a esquerda? Os teóricos e os defensores do regime colonial-fascista, no interior e “além-mar”, nem sequer ousam em recusar as suas origens ideológicas. Quando se sente encurralada, a direita em nome de uma certa liberdade, de uma espécie de liberdade formal que permite institucionalizar a exploração dos homens por outros homens, por vezes utiliza os seus jornais e os seus jornalistas para emboscar os leitores com ideias e palavras capturadas à esquerda .
Vai-me desculpar mas ocorreu-me uma postagem talvez mais ajustada. Refiro-me a "Estratégia de Desenvolvimento" Segundo Josué de Castro, os países subsdesenvolvidos não o são por razões naturais– pela força das coisas – mas por razões históricas. A história do subdesenvolvimento integra a história do desenvolvimento do capitalismo mundial. A riqueza dos territórios ex-colonizados gerou sempre a sua pobreza, para alimentar a prosperidade dos outros O segredo do desenvolvimento repousa, antes de mais, na transformação das estruturas caducas destas sociedades, fabricadas pelos dominadores coloniais e que, na sua marginalidade, se apresentam sob a forma que o sociólogo norte-americano Lewis chamou “as culturas do pauperrismo”, nas quais quase não se encontram factores de animação e dinamização, mas ao contrário todo um poderoso sistema de forças de blocagem do desenvolvimento e de manutenção do seu statu quo; forças de blocagem de natureza económica e de natureza cultural. Por outro lado, a existência das velhas relações sociais significa que existem portadores dessas relações e agentes da sua reprodução. São estes últimos que constituem a burguesia. Regressando a Josué de Castro: o fenómeno de desenvolvimento destas regiões apresenta-se como um complexo ao mesmo tempo económico e cultural mas, infelizmente, não se tem o hábito de aproximar estas duas palavras: economia e cultura. Termino com Amilcar Cabral: “ Há assim libertação nacional quando, e apenas quando, as forças produtivas nacionais são totalmente libertas de qualquer espécie de domínio estrangeiro. A libertação das forças produtivas e, consequentemente, a faculdade de determinar livremente o modo de produção mais adequado à evolução do povo libertado, abre necessariamente perspectivas novas ao processo cultural da sociedade em questão, conferindo-lhe toda a sua capacidade de criar o progresso.
é, é mais facil falar, do que agir. é mais facil falar do que, tentar, pelo menos, compreender as causas que impedem aos ditos "nos os negros"(ao longo de anos e anos, para nao dizer ao longo de séculos e séculos, amen) de "governar com racionalidade"...
Antes porém, seria interessante saber tbem o que é governar com racionalidade qual racionalidade ... :-) enfim, nos nossos dias, o que é preciso, mesmo, é ser visto, a mundializaçao da imagem, esta ai...
Desculpe, agora não percebi. Vou esclarecer a minha posição. Estamos há muitos anos comprometido com Moçambique. Tenho autoridade moral para me pronunciar sobre aquele país. Não concordarei nunca com politicas lesivas dos legítimos interesses dos trabalhadores
Caro/a Agry, antes de mais obrigado pelos seus comentarios, profundos, fruto de uma reflexao aturada. Nao tome, algo, aqui como um ataque pessoal. São apenas algumas reflexões. Infelizmente, por vezes, apressadas. Tempo, esse bem raro, falta-me.
Entretanto, apenas quis dizer que é mais facil lançar chavões do genero "nós negros, mostramos ao longo destes tempos ser-mos verdadeiramente incapazes de Governar com racionalidade os nossos países" ou, como insite, ainda, Belmiro "Não se trata de desvalorização. é a mais crua das verdades! mostra-me um país desenvolvido por Negros"
Por mim, (volto a colocar aqui a mesma pergunta que coloquei no post de Belmiro "Seria interessante saber porquê que não ha um País desenvolvido por negros? Nao acha estranho...?"
Sera que os negros nao se querem desenvolver? Todos esses negros, pelo mundo fora que se bateram, pelas liberdades dos homens sao incapazes de governar um pais com racionalidade? Porquê?
Sera apenas uma questao de cor de pele? Sera que a cor da pele torna um grupo de homens incapazes de governar um País?
Ja agora o que significa “nos os negros”? São seres portadores de ADN irracional? Ou sao seres que têm uma cor de pele irracional? O que significa “nos os negros” é uma comunidade de seres irracionais que habitam o Sul, por oposiçao a “nos os outros” racionais que habitam o Norte? Enfim, sera que "nos os negros" é uma questao geopolitica?!
Enfim o problema refere-se a "nos os negros" enqto tal, ou às "racionalidades", no contexto das relaçoes norte/sul; sul/sul e no interior de cada pais, de cada tribo, de cada grupo social. Alias, o/a Agry refere-se às relaçoes norte/ sul, no seu segundo comentario...
mais,existem tantos “ nos os negros”, que se destacam a nivel individual por este mundo fora, nomedamente, na Europa e na America. Temos inclusivé, um maliano na NASA, e, portanto, nao somos capazes de empreender acçoes no plano colectivo para o desenvolvimento de nossos paises, porque sera?!!!
Na minha modesta opiniao, se me permite Caro/a Agry, parece-me ser mais importante, questionar, analisar as causas do problema, procurar compreender porquê, de facto, que, mulheres brilhantes, como por exemplo, Alda da Graça Espirito Santo em Sao Tomé e Principe, deu toda uma vida pela construção do seu País, segundo uma logica, que levou à independecia e, provavelmente, morrerá deixando um País, cheio de clivagens e incapaz de se impôr no contexto das novas relaçoes da economia mundial. Sera porque Alda Graça é “nos os negros” e por isto ela e os seus pares, geneticamente, incapazes de “governar com racionalidade” o seu País? :-)
Costumo dar mtas vezes o exemplo de Sao Tomé e Principe , Caro/a Agry, onde o MLSTP partido unico, na pessoa de Manuel Pinto da Costa, entao Presidente da Republica, induziu a abertura ao multipartidarismo. Em Sao Tomé e Principe a alternância democratica impos-se, paulatinamente. O primeiro presidente eleito, Miguel Trovodada, depois de ter cumprido os dois mandatos para os quais foi indigitado deixou o poder, eleiçoes de todo o genero sucedem-se, naquelas ilhas... STP, entrou tambem, como mtos outros Países do Sul, na onda do “Programa de Ajustamento Estrutural”, implementou reformas... todas essas ideias vieram do exetrior. Seguindo o raciocinio de Belmiro, por exclusao de partes, grotesca seja ela, essas ideias foram induzidas por “homens capazes de governar com racionalidade”. O modelo politico e economico adoptado em STP hoje, foi induzido pelo modelo “tecnico - racional dos paises ditos desenvolvidos”!!! Ora, eu pergunto porque não estamos perante o País mais desenvolvido do mundo?!! Sera, apenas, porque ““nos os negros” mostramos ao longo dos tempos sermos verdadeiramente incapazes de governar”?
Continuo a achar Caro/a Agry que é mais facil, chamarmos a atençao sobre a “nossa pessoa”i.é sobre “nos mesmos”, fazendo comentarios como o Belmiro fez, (frases choque) do que realmente tentar compreender e arguir, argumentar, justificar, compreender e compreender, porque é que "nós os negros, mostramos ao longo destes tempos ser-mos verdadeiramente incapazes de Governar com racionalidade os nossos países" Porquê?
O que nos bloqueia realmente, o que nos impede de nos desenvolvermos, o que nos torna “racionalmente incapazes de governar”, é so isto! Não estou a por em causa suas posiçoes ou suas afirmações Caro/a Agry!!! Alias, nem sequer me compete fazê-lo. :-)
Acresce ao facto que, é espantoso, constatar, que, hoje, com toda a possibilidade, que nos é dada, para nos documentarmos, possam existir, ainda, jovens, que façam afirmaçoes, como aquela que fez Belmiro, sem se preocuprem em ir ao fundo das questões, sem se preocuparem em argumentarem e contra-agrumentarem!!!
O facto de se questionar nao nos dara certamente, “a chave do desenvolvimento”, mas permite-nos, creio eu, conhecer com que “agulhas se tecem as malhas” que impedem cada País ao Sul, de se desenvolver, o que nao impede que os “ditos “nos os negros”” não tenham tbem a sua quota parte de responsabilidade.
Tenho em mim, que duvidar é um dos caminhos para nos aproximarmos do “lugar de verdade”, simplesmente, esse caminho é, longo e penoso, exige reflexão, reflectir requer, empenho, dedicação, enfim exige mto trabalho e mto tempo ...
Espero ter sido esclarecedora Caro/a Agry, caso contrario continuo à sua disposição,
Obrigado pelo comentário. Foi bastante esclarecedor e muito interessante, sobretudo pelo questionar a clarificação de um certo fatalismo que tem que ser combatido com todas as nossas energias. É incontornável a questão do subdesenvolvimento. Entretanto, não se podem,( não se devem) radicalizar as explicações. Por outro lado, não será intelectualmente honesto arredar-se, em definitivo, as responsabilidades dos imperialismos. Hoje, como no passado, a nocividade e a omnipresença do imperialismo não é um mero cliché. A chamada mundialização ( ou globalização) mais não é que uma tentativa da sua perpetuação. Igualdade de oportunidades entre desiguais? A disparidade de níveis de desenvolvimento económico, técnico, científico, social, não nos permite, com honestidade, falar de oportunidades iguais. A globalização, para ser levada a sério, deveria, antes de tudo debruçar-se sobre o combate às assimetrias. Aí sim, todos deveriam caminhar com as suas próprias pernas. Como já afirmei, noutras ocasiões, a história do subdesenvolvimento, integra a história do desenvolvimento do capitalismo mundial. A sobrevivência deste, exige a existência de mercados susceptíveis de absorver os excedentes de produção nas suas origens. Depois compram o grude e exportam os seus derivados,etc.etc. Não é nada fácil organizar administrativamente uma autarquia de um pequeno lugarejo. Não é difícil reconhecer que o desenvolvimento de África é uma tarefa de gigantes. Por outro lado, não podemos perder de vista que no velho mundo, moram países cujo nível de desenvolvimento está mais próximo do terceiro mundo que dos países mais desenvolvidos. Temos ainda a América Latina que sofreu ( e sofre) as mesmas pilhagens de África. E a estas, não escapam os “cérebros”. Porque será que a civilização grega deu origem, nos nossos dias, a um país pouco desenvolvido? Os problemas não têm uma origem étnica. As questões que levantou vão obrigar-me a elaborar um texto cuidado e muito digerido. Por agora, fico-me por estas linhas “ desalinhadas”. Abraço
6 commentaires:
Já entrevistei o autor da postagem a que se refere. Não o conhecia bem. De qualquer forma, recusei-me ser deselegante.Não gostaria de o ser agora. Por outro lado, nada adianta mergulharmos a cabeça na areia.
Não sei se teve a oportunidade de ler duas postagens minhas sobre este tema:
“RASCISMOS 1 E 2”. E uma outra, “Sobre uma Certa Direita”
É sobejamente conhecida a capacidade que a direita tem para recuperar o que a critica. A direita para sobreviver lança mão de mecanismos obscuros e enganadores para disfarçar a sua vocação histórica A direita é, por definição, a aliada natural dos poderosos, dos opressores e dos manipuladores da opinião pública. A direita é conservadora, é retrógada. A direita é como os insectos: sai mais forte quanto mais fortes são as doses de DDT que lhes aplicam.Quem domina, há séculos, o mundo? É a esquerda? Os teóricos e os defensores do regime colonial-fascista, no interior e “além-mar”, nem sequer ousam em recusar as suas origens ideológicas. Quando se sente encurralada, a direita em nome de uma certa liberdade, de uma espécie de liberdade formal que permite institucionalizar a exploração dos homens por outros homens, por vezes utiliza os seus jornais e os seus jornalistas para emboscar os leitores com ideias e palavras capturadas à esquerda .
Vai-me desculpar mas ocorreu-me uma postagem talvez mais ajustada. Refiro-me a "Estratégia de Desenvolvimento"
Segundo Josué de Castro, os países subsdesenvolvidos não o são por razões naturais– pela força das coisas – mas por razões históricas.
A história do subdesenvolvimento integra a história do desenvolvimento do capitalismo mundial. A riqueza dos territórios ex-colonizados gerou sempre a sua pobreza, para alimentar a prosperidade dos outros
O segredo do desenvolvimento repousa, antes de mais, na transformação das estruturas caducas destas sociedades, fabricadas pelos dominadores coloniais e que, na sua marginalidade, se apresentam sob a forma que o sociólogo norte-americano Lewis chamou “as culturas do pauperrismo”, nas quais quase não se encontram factores de animação e dinamização, mas ao contrário todo um poderoso sistema de forças de blocagem do desenvolvimento e de manutenção do seu statu quo; forças de blocagem de natureza económica e de natureza cultural.
Por outro lado, a existência das velhas relações sociais significa que existem portadores dessas relações e agentes da sua reprodução. São estes últimos que constituem a burguesia.
Regressando a Josué de Castro: o fenómeno de desenvolvimento destas regiões apresenta-se como um complexo ao mesmo tempo económico e cultural mas, infelizmente, não se tem o hábito de aproximar estas duas palavras: economia e cultura.
Termino com Amilcar Cabral: “ Há assim libertação nacional quando, e apenas quando, as forças produtivas nacionais são totalmente libertas de qualquer espécie de domínio estrangeiro. A libertação das forças produtivas e, consequentemente, a faculdade de determinar livremente o modo de produção mais adequado à evolução do povo libertado, abre necessariamente perspectivas novas ao processo cultural da sociedade em questão, conferindo-lhe toda a sua capacidade de criar o progresso.
é, é mais facil falar, do que agir. é mais facil falar do que, tentar, pelo menos, compreender as causas que impedem aos ditos "nos os negros"(ao longo de anos e anos, para nao dizer ao longo de séculos e séculos, amen) de "governar com racionalidade"...
Antes porém, seria interessante saber tbem o que é governar com racionalidade qual racionalidade ...
:-)
enfim, nos nossos dias, o que é preciso, mesmo, é ser visto, a mundializaçao da imagem, esta ai...
;)
Desculpe, agora não percebi. Vou esclarecer a minha posição. Estamos há muitos anos comprometido com Moçambique. Tenho autoridade moral para me pronunciar sobre aquele país.
Não concordarei nunca com politicas lesivas dos legítimos interesses dos trabalhadores
Caro/a Agry, antes de mais obrigado pelos seus comentarios, profundos, fruto de uma reflexao aturada. Nao tome, algo, aqui como um ataque pessoal. São apenas algumas reflexões. Infelizmente, por vezes, apressadas. Tempo, esse bem raro, falta-me.
Entretanto, apenas quis dizer que é mais facil lançar chavões do genero "nós negros, mostramos ao longo destes tempos ser-mos verdadeiramente incapazes de Governar com racionalidade os nossos países" ou, como insite, ainda, Belmiro "Não se trata de desvalorização. é a mais crua das verdades! mostra-me um país desenvolvido por Negros"
Por mim, (volto a colocar aqui a mesma pergunta que coloquei no post de Belmiro "Seria interessante saber porquê que não ha um País desenvolvido por negros? Nao acha estranho...?"
Sera que os negros nao se querem desenvolver? Todos esses negros, pelo mundo fora que se bateram, pelas liberdades dos homens sao incapazes de governar um pais com racionalidade? Porquê?
Sera apenas uma questao de cor de pele? Sera que a cor da pele torna um grupo de homens incapazes de governar um País?
Ja agora o que significa “nos os negros”? São seres portadores de ADN irracional? Ou sao seres que têm uma cor de pele irracional? O que significa “nos os negros” é uma comunidade de seres irracionais que habitam o Sul, por oposiçao a “nos os outros” racionais que habitam o Norte? Enfim, sera que "nos os negros" é uma questao geopolitica?!
Enfim o problema refere-se a "nos os negros" enqto tal, ou às "racionalidades", no contexto das relaçoes norte/sul; sul/sul e no interior de cada pais, de cada tribo, de cada grupo social. Alias, o/a Agry refere-se às relaçoes norte/ sul, no seu segundo comentario...
mais,existem tantos “ nos os negros”, que se destacam a nivel individual por este mundo fora, nomedamente, na Europa e na America. Temos inclusivé, um maliano na NASA, e, portanto, nao somos capazes de empreender acçoes no plano colectivo para o desenvolvimento de nossos paises, porque sera?!!!
Na minha modesta opiniao, se me permite Caro/a Agry, parece-me ser mais importante, questionar, analisar as causas do problema, procurar compreender porquê, de facto, que, mulheres brilhantes, como por exemplo, Alda da Graça Espirito Santo em Sao Tomé e Principe, deu toda uma vida pela construção do seu País, segundo uma logica, que levou à independecia e, provavelmente, morrerá deixando um País, cheio de clivagens e incapaz de se impôr no contexto das novas relaçoes da economia mundial. Sera porque Alda Graça é “nos os negros” e por isto ela e os seus pares, geneticamente, incapazes de “governar com racionalidade” o seu País? :-)
Costumo dar mtas vezes o exemplo de Sao Tomé e Principe , Caro/a Agry, onde o MLSTP partido unico, na pessoa de Manuel Pinto da Costa, entao Presidente da Republica, induziu a abertura ao multipartidarismo. Em Sao Tomé e Principe a alternância democratica impos-se, paulatinamente. O primeiro presidente eleito, Miguel Trovodada, depois de ter cumprido os dois mandatos para os quais foi indigitado deixou o poder, eleiçoes de todo o genero sucedem-se, naquelas ilhas... STP, entrou tambem, como mtos outros Países do Sul, na onda do “Programa de Ajustamento Estrutural”, implementou reformas... todas essas ideias vieram do exetrior.
Seguindo o raciocinio de Belmiro, por exclusao de partes, grotesca seja ela, essas ideias foram induzidas por “homens capazes de governar com racionalidade”. O modelo politico e economico adoptado em STP hoje, foi induzido pelo modelo “tecnico - racional dos paises ditos desenvolvidos”!!! Ora, eu pergunto porque não estamos perante o País mais desenvolvido do mundo?!! Sera, apenas, porque ““nos os negros” mostramos ao longo dos tempos sermos verdadeiramente incapazes de governar”?
Continuo a achar Caro/a Agry que é mais facil, chamarmos a atençao sobre a “nossa pessoa”i.é sobre “nos mesmos”, fazendo comentarios como o Belmiro fez, (frases choque) do que realmente tentar compreender e arguir, argumentar, justificar, compreender e compreender, porque é que "nós os negros, mostramos ao longo destes tempos ser-mos verdadeiramente incapazes de Governar com racionalidade os nossos países" Porquê?
O que nos bloqueia realmente, o que nos impede de nos desenvolvermos, o que nos torna “racionalmente incapazes de governar”, é so isto! Não estou a por em causa suas posiçoes ou suas afirmações Caro/a Agry!!! Alias, nem sequer me compete fazê-lo. :-)
Acresce ao facto que, é espantoso, constatar, que, hoje, com toda a possibilidade, que nos é dada, para nos documentarmos, possam existir, ainda, jovens, que façam afirmaçoes, como aquela que fez Belmiro, sem se preocuprem em ir ao fundo das questões, sem se preocuparem em argumentarem e contra-agrumentarem!!!
O facto de se questionar nao nos dara certamente, “a chave do desenvolvimento”, mas permite-nos, creio eu, conhecer com que “agulhas se tecem as malhas” que impedem cada País ao Sul, de se desenvolver, o que nao impede que os “ditos “nos os negros”” não tenham tbem a sua quota parte de responsabilidade.
Tenho em mim, que duvidar é um dos caminhos para nos aproximarmos do “lugar de verdade”, simplesmente, esse caminho é, longo e penoso, exige reflexão, reflectir requer, empenho, dedicação, enfim exige mto trabalho e mto tempo ...
Espero ter sido esclarecedora Caro/a Agry, caso contrario continuo à sua disposição,
Saudaçoes Cordiais. :)
Obrigado pelo comentário. Foi bastante esclarecedor e muito interessante, sobretudo pelo questionar a clarificação de um certo fatalismo que tem que ser combatido com todas as nossas energias.
É incontornável a questão do subdesenvolvimento. Entretanto, não se podem,( não se devem)
radicalizar as explicações.
Por outro lado, não será intelectualmente honesto arredar-se, em definitivo, as responsabilidades dos imperialismos. Hoje, como no passado, a nocividade e a omnipresença do imperialismo não é um mero cliché.
A chamada mundialização ( ou globalização) mais não é que uma tentativa da sua perpetuação. Igualdade de oportunidades entre desiguais?
A disparidade de níveis de desenvolvimento económico, técnico, científico, social, não nos permite, com honestidade, falar de oportunidades iguais.
A globalização, para ser levada a sério, deveria, antes de tudo debruçar-se sobre o combate às assimetrias. Aí sim, todos deveriam caminhar com as suas próprias pernas.
Como já afirmei, noutras ocasiões, a história do subdesenvolvimento, integra a história do desenvolvimento do capitalismo mundial. A sobrevivência deste, exige a existência de mercados susceptíveis de absorver os excedentes de produção nas suas origens. Depois compram o grude e exportam os seus derivados,etc.etc.
Não é nada fácil organizar administrativamente uma autarquia de um pequeno lugarejo. Não é difícil reconhecer que o desenvolvimento de África é uma tarefa de gigantes.
Por outro lado, não podemos perder de vista que no velho mundo, moram países cujo nível de desenvolvimento está mais próximo do terceiro mundo que dos países mais desenvolvidos. Temos ainda a América Latina que sofreu ( e sofre) as mesmas pilhagens de África. E a estas, não escapam os “cérebros”.
Porque será que a civilização grega deu origem, nos nossos dias, a um país pouco desenvolvido?
Os problemas não têm uma origem étnica.
As questões que levantou vão obrigar-me a elaborar um texto cuidado e muito digerido. Por agora, fico-me por estas linhas “ desalinhadas”.
Abraço
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