lundi 11 février 2008




Patrice Trovoada,

filho do ex-Presidente são-tomense Miguel Trovoada (1991-2001), confirmou este fim-de-semana que vai assumir o cargo de primeiro-ministro após a queda quinta-feira do Executivo de Tomé Vera Cruz.

Além do seu partido, a Acção Democrática Independente (ADI, até agora na oposição), Trovoada conta com os apoios do chefe de Estado Fradique de Menezes, do ex-Presidente Manuel Pinto da Costa (1975-1991), antigo líder do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe/Partido Social Democrata (MLSTP/PSD, oposição), que também o apoia.

"O povo são-tomense tem de sentir que o Governo transmite para fora alguma segurança e credibilidade. Não quero um Governo de tachos, mas sim de missão, para poder resolver alguns dos problemas do país, pelo que se houver vontade política por parte de todos, chegaremos a uma conclusão de uma maneira ou de outra", declarou Trovoada.
leia mais aqui e aqui

12 commentaires:

umBhalane a dit…

Aguiar

Começo por dizer que acho este blogue muito fresco, tropicalmente fresco.

Tem diversidade de temas. E prima pelo bom gosto.

Ah, aqueles sapatos são um espanto. Lindos, lindos...de morrer.

E depois, a Aguiar tem uma cabecinha arejada.

Parabéns.

Sobre o Jovem, Dr. Patrice Emery Trovoada, vejo que quase conseguiu o pleno da sociedade política de S&P.

Renovar, ainda que dentro da mesma “linha” é sempre bom.
Rejuvenescer. Novas ideias, e formas de estar.

Pessoalmente não gosto muito de dinastias.
Sei que o núcleo da sociedade política de S&P é muito pequeno.

Bom, vamos esperar.

O homem não vale por aquilo que diz, mas sim pelo que faz.

"O povo são-tomense tem que sentir que o Governo transmite para fora alguma segurança e credibilidade, não quero um Governo de tachos, mas sim de missão, para poder resolver alguns dos problemas do país, pelo que se houver vontade política por parte de todos, chegaremos a uma conclusão de uma maneira ou de outra”, declarou Trovoada.

Espero ver tradução destas palavras.


PS

Aguiar, sendo eu estrangeiro, português, vê algum inconveniente em que intervenha com comentários/apreciações no seu blogue?
Mesmo sobre política interna de S&P?
Seja franca, por favor.
Obrigado
Beijo

Aguiar a dit…

Caro umBhalane

Agradeço desde ja sua gentil apreciação. Nao vejo inconveniente algum aos seus comentarios, bem pelo contrario, serao sempre bem-vindos. Qto ao Patrice Trovoada, como o senhor diz “O homem não vale por aquilo que diz, mas sim pelo que faz.” , por isto, so nos resta esperar. A ver vamos. Os sapatos são Jimmy Choo (http://www.jimmychoo.com), um verdadeiro artesao...
saudações cordiais

umBhalane a dit…

Aguiar

Agradeço o bom acolhimento no seu blogue.

Já estive a ver a colecção dos sapatos. Lindos, e para todos os gostos, bons.

Envio-lhe indicação de artigo que por acaso encontrei, noutras pesquisas.
Também tem versão francesa.


http://diplo.uol.com.br/+-Sao-Tome-e-Principe-+
São Tomé e Príncipe: o azar do petróleo
Micro-pais de 140 mil habitantes no Golfo da Guiné, o arquipélago de língua portuguesa descobriu, na virada do século, que está sobre um manto de óleo. Tragédias da mentalidade colonial: em vez de grande oportunidade, o achado atiça desigualdades, golpes e divisões
Jean-Christophe Servant
7 de Outubro de 2006


Melhores cumprimentos
umBhalane

Aguiar a dit…

Qta gentileza! mto obrigado, pelo artigo. Ja o havia lido. agradeço a sua chamada de atençao. Infelizmente essa que o petroleo "atiça desigualdades", nao é nova, pelo menos no continente africano. Sera que tem a ver apenas com a mentalidade colonial? Porquê que o petroleo "atiça as desigualdades? Como? Caro umBhalane temos mto trabalho pela frente...

saudaçoes cordiais

Aguiar a dit…

Ah esqueci-me, o que é isso de "mentalidade colonial"? So depois de saber o que é isto, talvez, possa saber se se trata, de facto, de ma tragédia ou de uma comedia :) nao acha caro umBhalane?

saudaçoes cordiais

umBhalane a dit…

Ao ler o seu comentário das 05:32 comecei a ficar...verde!

Depois, vi o das 05:42 e tudo se desvaneceu.
Uff, que alívio.

Então, já somos 2.
O que é isso da mentalidade colonial???????????????????

Vou tentar reflectir um pouco sobre o assunto.

Numa resposta apriorística, direi que é algo como ter as costas largas.

Imputa-se todos os erros à pesada herança/mentalidade colonial.

Até quando?

Em Portugal, e eu não morrendo de amores por ele, tentaram fazer o mesmo com Salazar. Tentaram.

Perguntaram, certo dia ao Agualusa, o que tinham deixado os portugueses em Angola:

- A língua, obviamente, o gosto pela culinária (bacalhau, vinho, etc.,), e Ah
- A MÁ LÍNGUA (dizer mal de tudo e de todos)- então em Luanda.

Creio que a não assumpção das responsabilidades, as desculpas permanentes para o insucesso, também são um pouco, COMUNS.

Não é herança. É comum.

Aguiar a dit…

prezado Umbhalane,
so o Senhor para me fazer rir a esta hora da manha. porque teria o meu amigo ficado verde? explique-me la, por favor. afinal é a dialogar que a gente se entende. Pelo menos, foi o que minha mãe sempre me disse. os pais dela ja lhe diziam a mesma coisa...

Particularmente, penso, que o DIALOGO pode evitar que, a violencia, em todas as suas manifestaçoes - doceis, sofisticada, moral, delicada, educada e mal educada, bruta e etc e tal - se imponha.

Voltando à vaca fria, achei mto interessante, seu comentario. Guardo a maxima "Não é herança. É comum", sobre a qual irei refletir...

bem haja

umBhalane a dit…

Aguiar

Quando li a frase de baixo

"Sera que tem a ver apenas com a mentalidade colonial?"

comecei a ficar verde.

Bater, outra vez no ceguinho, não?

Já que alude ao Pais e Avós, também meu Pai dizia:

A porca a fugir, e ele a dar-lhe.

Quando se insistia muito na mesma questão, e já fora de tempo e contexto.

Aguiar a dit…

Bom, agradeço mais uma vez a sua resposta caro umbahalane. Lamento imenso mas, continuo sem nada perceber.


“A porca a fugir, e ele a dar-lhe.”

“Quando se insistia muito na mesma questão, e já fora de tempo e contexto.”

Tentar perceber, minimamente algo, é uma questao temporal e espacial? Desde qdo? :)


"Sera que tem a ver apenas com a mentalidade colonial?" Tenho para mim que, esta questao, nao mais é, do que um convite a uma explicaçao à “tragedia” induzida pela “mentalidade colonial” Por isto, gostaria que entendesse esta questao, apenas, como um convite, para se explicar porque é que a “mentalidade colonial” “atiça desigualdades”, “golpes e divisoes”.

Antes porem, seria, necessario, saber, o que é, “mentalidade colonial”, como eu ja havia dito. Como é que “a mentalidade colonial” age produzindo “divisoes” no seio da sociedade de STP, ou melhor dizendo da elite de STP (pois nao sao todos os cidadaos de STP que se ocupam do dossier petroleo). Como é que essas divisoes atiçam a desigualdade? Desigualdade para quem? No seio da elite? No seio dos pequenos agricultores? No seio dos grandes empresarios nacionais e internacionais? Desigualdade onde? No campo, na cidade? Colocar estas questoes é bater na coitada da porca que foge? Sera que a porca esta mesmo a fugir? Ou sera que vivemos num mundo em que o simples facto de questionar se tornou incomodativo?

O que eu pretendo assinalar, é, que aqueles que “pensam” STP, neste momento, nao mais fazem do que repetir “conclusoes” como lugar comum. As conclusoes ja estao tiradas. Exemplo “ o petroleo trouxe desigualdades” . okay e agora? o petroleo trouxe desigualdades na nigeria, no tchad e pora ai fora... aceitar esta conclusao como verdade universal vai mudar algo, na vida do cidadao? Muda algo na vida do cidadao sao-tomense? Muda algo na vida do autor do artigo? O mundo vai passar a ser mais igualitario, mais justo, pelo facto de se denunciar uma pretensa desigualdade com base numa suposta “mentalidade colonial”? enfim em quê que isto ajuda STP,por exemplo a diminuir as desigualddaes sociais? É so isso.

La esta, assim como assim, estou a insitir numa questao fora de tempo e do contexto. O autor (Jean-Christophe Servant) vaticinou, nao ha mais nada a dizer, ponto final. Silencio. Sera que é assim?

Perdoe-me, mas continuo, sem perceber o argumento do seu comentario Umbhalane, continuo a achar o dialogo uma pedra fulcral. O questionamento essencial.
Deixando de questionar e repetindo chavoes, tais como: a “mentalidade colonial traz divisoes” e o “petroleo traz desigualdades”. Chavoes estes, pubicados como verdades universais, recusa, creio, a procura de soluçoes para um hipotetico problema, recusa diria eu, a procura de alternativas, para os “deserdados” do sistema a quem, parece, se pretende defender.

... neste caso pergunto para onde foge a porca e quem bate em quem meu caro umBhalane? Quem é o ceguinho?

Saudaçoes cordiais

umBhalane a dit…

Aguiar

Por favor, dê-me um tempinho.

Obrigado.

Saudações atlânticas.

umBhalane a dit…

Aguiar

Para conhecimento e eventual comentário envio-lhe texto extraído do Moçambique para Todos.

Não vi e-mail no Blog

««São Tomé e Príncipe: "Um Estado quase falhado" - Líder da oposição
** Henrique Botequilha, da Agência Lusa **
São Tomé, 25 Fev (Lusa) - A população de São Tomé e Príncipe "está a deixar de acreditar no Estado" e o país é hoje "um Estado quase falhado", afirma em entrevista à Agência Lusa o líder da oposição são-tomense, Rafael Branco.
"A situação económica é difícil, o país produz pouco, importa quase tudo, não tem divisas para pagar o que importa e até já houve rupturas de `stock`", diz Rafael Branco, presidente do Movimento de Libertação de São Tomé e Príncipe - Partido Social-Democrata (MLSTP-PSD).
Como resultado deste quadro, a população "está a deixar de acreditar no Estado", alerta o dirigente partidário.
São Tomé e Príncipe "não consegue cumprir as funções básicas de um Estado, porque tem um Estado incapaz", acusa. "É quase um estado falhado."
Rafael Branco gostaria de se encontrar com Luís Amado durante a visita que o ministro português dos Negócios Estrangeiros está a realizar a São Tomé e que termina hoje. O encontro consta no programa distribuído pelo Governo de Lisboa, mas não está ainda confirmado.
O MLSTP passou a ser a única bancada de oposição no parlamento são-tomense após a queda do Governo de Tomé Vera Cruz, em meados de Fevereiro, entretanto substituído no cargo de primeiro-ministro por Patrice Trovoada, líder da Acção Democrática Independente, que se juntou à aliança já existente, entre o Movimento Democrático Força da Mudança e o Partido da Convergência Democrática.
Para Rafael Branco, a nova coligação resulta de "um casamento muito forçado e muito violento para alguns dos noivos", que, prossegue, "perderam a virgindade de forma traumatizante e isso deixa marcas".
"Daqui a dois anos ver-se-á se resultou. Ou antes...", declara, sem concretizar.
O líder da oposição diz que o seu partido "é agora porta-voz da opinião pública no parlamento" e lamenta que a classe média são-tomense "esteja a empobrecer a cada dia".
"A solidariedade familiar foi única coisa que não se perdeu", afirma. É a única razão que encontra "para não haver uma explosão social".
Além de dirigente político, Rafael Branco é um dos quatro directores da Agência Nacional de Petróleos. Toda a direcção foi demitida há três meses, embora continue em funções até ser substituída.
"Ganho 15 milhões de dobras (cerca de 680 euros) e metade vai logo para a factura de energia e guardas da minha casa", garante Rafael Branco. "E eu sou um quadro superior, portanto estou numa situação privilegiada em relação à maioria da população. Não deve haver sequer 300 pessoas em São Tomé com este salário", afirma.
"Fora da cidade, há miséria, dramática e violenta", adianta.
O presidente do MLSTP culpa "a má gestão do Estado e a falta de capacidade em criar uma política capaz com um novo enquadramento".
O desemprego e a corrupção são outros assuntos que preocupam o dirigente da oposição: "Poucas pessoas trabalham em São Tomé, o que já é um problema grave, e muitas roubam o produto dos poucos que trabalham", acusa.
"O povo vê o que tem acontecido nos últimos 30 anos, vê as casas, vê os carros" de políticos a quem "basta um ano no Governo para ter uma casa nova e um carro de última gama", assinala.
O presidente do MLSTP refere que já houve casos levados à Justiça mas não conhece nenhuma condenação, o que "cria uma ideia de impunidade e de que é possível triunfar na vida rapidamente sem trabalhar".
O ministro da Defesa, Óscar Sousa, acusou duas vezes no parlamento Rafael Branco de ter estado por detrás, visando um golpe de Estado, da ocupação do comando da polícia pela força policial especial ("ninjas"). O líder da oposição desmente, diz que "algumas pessoas individuais tentaram aproveitar-se politicamente da situação", mas resume os acontecimentos, de Novembro passado a "uma típica questão corporativa", lembrando que o estava em causa era o pagamento de subsídios aos agentes policiais relativo a uma formação em Angola.
Rafael Branco, 55 anos, embaixador de carreira e com um longo currículo em governos anteriores, como ministro dos Negócios Estrangeiros, da Educação, das Infra-estruturas, do Petróleo e das Finanças, acredita que São Tomé e Príncipe tem "futuro no turismo e nos serviços".
O dinheiro do petróleo, um recurso que está ainda em prospecção nas áreas de exploração conjunta com a Nigéria e na Zona Económica Exclusiva de São Tomé, "vai ser muito importante", diz o político. Mas deve ser canalizado para "patrocinar aqueles sectores (turismo e serviços) e melhorar a vida das populações".
Para o líder da oposição, São Tomé e Príncipe deveria também adoptar o euro, seguindo a origem da maior parte dos bens que chega ao país: "Eu iria pelas nossas importações e escolheria o euro", defende. "A valorização do euro reflecte-se nos preços aqui e o Estado não consegue ajustar os salários", prossegue.
Sobre a escolha dos parceiros externos de São Tomé e Príncipe, Rafael Branco sustenta que o país deve ter duas ancoragens firmes: "Uma em Portugal (Europa) e outra em Angola (na região). Não devia haver a mínima dúvida sobre isso", conclui.»»

Aguiar a dit…

Mto obrigado Caro Umbhalane. Puxa, qta gentileza! Je suis étonné. Je vous remercie infiniment. Tentarei arranjar um tempinho ao longo do dia para lê-lo com a devida atençao. esta bem assim?

tenha um excelente dia prezado Umbhalane.