Um olhar atento sobre algumas declaraçoes de Nascimento:
“em declarações à Agência Lusa, Nascimento diz que “não há dados sobre o número de imigrantes cabo-verdianos em São Tomé, mas estima-se que rondem os 10 mil, incluindo os descendentes.”
Quem estima que rondam os 10 mil? Como chegaram a esta estimativa? Se nao existem dados sobre os imigrantes cabo-verdianos em Sao Tomé, quais foram os dados utilizados por Nascimento?
"Vivem em condições de miséria, no mato e em antigas roças, que estão degradas adiantando que os mais velhos "já desistiram de trabalhar" salientou, Nascimento.
Pergunto nessas roças apenas vivem caboverdianos? Ou sera que sao apenas os caboverdianos que vivem em condiçoes de miséria? Que roças visitou Nascimento? Todas? Em todas as roças de Sao Tomé os miseraveis sao apenas caboverdianos? Os caboverdianos idosos deixaram de trabalhar porque? Porque se sentem” miseraveis”, “abandonados”, ou porque a idade ja nao permite que o trabalhem? Durante quanto tempo fez Nascimento o seu trabalho de terreno e em que roças?
“em declarações à Agência Lusa, Nascimento diz que “não há dados sobre o número de imigrantes cabo-verdianos em São Tomé, mas estima-se que rondem os 10 mil, incluindo os descendentes.”
Quem estima que rondam os 10 mil? Como chegaram a esta estimativa? Se nao existem dados sobre os imigrantes cabo-verdianos em Sao Tomé, quais foram os dados utilizados por Nascimento?
"Vivem em condições de miséria, no mato e em antigas roças, que estão degradas adiantando que os mais velhos "já desistiram de trabalhar" salientou, Nascimento.
Pergunto nessas roças apenas vivem caboverdianos? Ou sera que sao apenas os caboverdianos que vivem em condiçoes de miséria? Que roças visitou Nascimento? Todas? Em todas as roças de Sao Tomé os miseraveis sao apenas caboverdianos? Os caboverdianos idosos deixaram de trabalhar porque? Porque se sentem” miseraveis”, “abandonados”, ou porque a idade ja nao permite que o trabalhem? Durante quanto tempo fez Nascimento o seu trabalho de terreno e em que roças?
Augusto Nascimento aborda ainda o contextohistórico, político e social em que os ex-trabalhadores cabo-verdianos vieram para as roças e a sua trajectória de empobrecimentoapós a independência do país, em 1975."Na altura da independência, os ex-serviçais acreditaram naspromessas dos são-tomenses e optaram por ficar em São Tomé".
O que tem a ver o contexto historico em que os ex-trabalhadores caboverdianos foram para as roças e a sua pobreza ? Os ex-serviçais acreditaram nas promessas dos saotomenses e quem nao acreditou na altura nas promessas dos governos pos-independencia nos espaços lusofonos em geral e em STP em particular? Os ex-trabalhadores angolanos, moçambicanos , angolares e forros que habitam as roças sao ricos? Porque optaram por ficar os caboverdianos em sao Tomé a seguir independencia? parece-me ser esta a questao fulcral.
E agora meus senhores e minhas senhoras a frase fétiche “os descendentes chegam a frequentar a escola, mas também "não conseguem sair da pobreza"”.
O que tem a ver o facto de descendentes de serviçais frequentarem a escola com a “pobreza”?
Quis Nascimento dizer que as pessoas em questao nao ultrapassam o limiar da pobreza porque sao caboverdianos, ou porque nao têm rendimentos suficientes que lhes permitam vencer o limiar da pobreza? Como se explica o fenomeno do malogrado cantor Camilo Domingues que saiu das roças e cartonou pelo menos no espaço lusofono...
“Ex-serviçais cabo-verdianos sentem-se "abandonados" e apenas esperam "pela morte"” A partir de que momento e em que circunstancias os Cabo-verdianos começaram a sentir-se abandonados?
"A pobreza é de tal ordem que explanam considerações acerca de serem, ou não, criaturas de Deus, pois têm de comer banana com bicho que está no mato ou búzios, que procuram para ver se conseguem algum alimento. Na melhor das hipóteses, aspirarão a adquirir uma pouco de manteiga para enganar o pão", escreve o autor do livro.
A pobreza afasta-se dos dominios do racional para emprestar tonalidades folcloricas as praticas magicas religiosas, assim o governo de Sao Tomé e o de Cabo verde terao dificuldades enormes, presumo, em combater esse flagelo irracional em forma de “bicho” que se chama pobreza.
E agora meus senhores e minhas senhoras a frase fétiche “os descendentes chegam a frequentar a escola, mas também "não conseguem sair da pobreza"”.
O que tem a ver o facto de descendentes de serviçais frequentarem a escola com a “pobreza”?
Quis Nascimento dizer que as pessoas em questao nao ultrapassam o limiar da pobreza porque sao caboverdianos, ou porque nao têm rendimentos suficientes que lhes permitam vencer o limiar da pobreza? Como se explica o fenomeno do malogrado cantor Camilo Domingues que saiu das roças e cartonou pelo menos no espaço lusofono...
“Ex-serviçais cabo-verdianos sentem-se "abandonados" e apenas esperam "pela morte"” A partir de que momento e em que circunstancias os Cabo-verdianos começaram a sentir-se abandonados?
"A pobreza é de tal ordem que explanam considerações acerca de serem, ou não, criaturas de Deus, pois têm de comer banana com bicho que está no mato ou búzios, que procuram para ver se conseguem algum alimento. Na melhor das hipóteses, aspirarão a adquirir uma pouco de manteiga para enganar o pão", escreve o autor do livro.
A pobreza afasta-se dos dominios do racional para emprestar tonalidades folcloricas as praticas magicas religiosas, assim o governo de Sao Tomé e o de Cabo verde terao dificuldades enormes, presumo, em combater esse flagelo irracional em forma de “bicho” que se chama pobreza.
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