lundi 17 septembre 2007

O sensacional-ismo e a ciência (3)

Entendo por sensacionalismo a tendencia para produzir grande impacto na sensibilidade dos outros atraves de noticias ou atitudes espectaculares. É uma forma de se tornar notavel. O sensacionalismo não é fenômeno novo nos meios de comunicação. A manchete “cao morde homem” dificilmente venderia jornais mas “homem morde cao” certamente o faria.

Assim sendo, querer existir pelo sensacionalismo sera um problema? Nao sei. alias, nem sequer sei se esta questao faz sentido. A questao que me apoquenta, de facto, é se os “factos sociais” devem-se revestir de sensacionalismo para se tornarem visiveis? Noutros termos sensacionalismo e ciencia sao compativeis? A Ciencia pressupoe, o conhecimento certo e racional sobre a natureza das coisas ou sobre as suas condiçoes de existencia. A ciência implica investigaçao metodica das leis dos fenomenos. Sendo assim uma investigaçao cuidadosamente metodologica dos fenomenomos pode ser sensacional? Sera o contrario verdadeiro?
Talvez a resposta esteja na utilidade pratica da pesquisa social de elisio macamo.
Entretanto na senda de comentarios feitos ao artigo sobre Nascimento e o seu livro registo aqui o comentario de Jaime Duarte, um economista portugues:
"Falei há dias com um desses ex-serviçais: José João da Cruz, oriundo da ilha de S. Nicolau. Tem cerca de 70 anos, está doente e vive sem família na Roça Vanguarda, perto da Trindade. Recebe 180.000 dobras por mês (cerca de 10 euros). "
Eu pergunto José Joao ganha cerca de 10 euros porque é Caboverdiano? Ou Porque nao tem familia? Ou sera que os 10 euros sao apenas o fruto da sua reforma? em caso afirmativo, a reforma José Joao Caboverdiano sera diferente da reforma de José Joao o angolano, de José Joao o moçambicano, de José Joao o angolar ou de José Joao o forro?
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Nota : o texto da "utilidade pratica da pesquisa social", versa sobre o caso moçambicano, mas penso que todos nos deveriamos lê-lo. nao nos faria mal algum. A ciencia é universal.

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