samedi 29 septembre 2007

Amor esse sentimento estranho...

Silencio.




L'homme battu,
un tabou au coeur du tabou

Sophie Torrent






____
se achar necessario utlisise o tradutor aqui

Silencio (2)...



Em França de três em três dias uma mulher morre vitima de violencia conjugal. Falemos antes que seja tarde. é o que diz esta campanha contra a violencia conjugal sob o patriocionio do ministère délégué à la cohésion sociale et à la parité.

Existem estatisticas deste genero nos varios paises do continente africano? Falamos abertamente sobre este assunto, podemos falar? Assuntos semelhantes fazem parte de uma “sociedade secreta”? Sera facil admitir que se foi ou é mulher espancada? Entretanto como diria Badinter “reconhecer a existência de uma violencia feminina nao é minimisar a importancia da violencia masculina..." Pressuponho, que, mais dificil ainda, deve ser confessar-se um homem espancado.... dada a estrutura, de nossas sociedades....

As representaçoes sociais, exercem uma acçao historica, sobre esta questao - homem espancado - silenciando o nosso olhar. Tabu, ponto final...silencio.

Silencio (1) ...

Annie Lemoine, jornalista e escritora, diz ter dificuldades em falar da sua vida pessoal. Entretanto, ela confirma, no programa “vida publica e vida privada” na TV francesa, que a heroina do seu ultimo romance, nao mais é, do que ela propria.Lemoine diz nao ter escrito este romance como terapia pessoal. Mas ao reler o que havia escrito Anne apercebeu-se de ter escrito, inconscientemente, um dos episodios marcantes de sua vida pessoal. Annie lemoine disse ter tido um namorado extremamente possesivo. Ao regressarem de ferias Annie telefona-o manifestando-lhe a intençao de romper a ligaçao. Ele pede a Annie que se encontrem para conversarem. Apesar do seu institinto lhe ter precavido, Annie vai ao encontro. Onde foi agredida por seu ex-namorado, pois este nao suportava a ideia que Annie quisesse romper com a relaçao. O pior nao aconteceu porque o individuo com quem o ex-namorado de Annie partilhava o apartamento entrou no momento em que a cena havia começado.Annie fechou-se num mutismo sepulcral.Foram preciso cerca de 15 anos para que ela descrevesse esta cena, que nem aos seus amigos intimos ela pode contar...

Porque nao “podem” as mulheres interromper uma relaçao, sem que os homems procurem “vingar-se" de alguma forma? agressao fisica; impecilhos a nivel profissional ... em casos extremos a morte... Tudo isto sob o "silencio cumplice" da sociedade....

Em França, de toda a maneira existem, estatisticas e centros de apoio a essas mulheres ... ha paises no continente africano, onde as mulheres nem sequer ousam reclamar... e quando por vezes “cansadas” tentam fazê-lo, existe uma estrutura aparentemente consensual, que as “aconselha” invariavelmente a voltarem para casa.

O que se esconde realmente por traz desse concenso? Algumas das vezes é o companheiro, é, esse homem que "espanca a mulher", que sustenta toda a familia da mesma, assim a cisao desse casal, traria problemas economicos... entao numa logica aparentemente consensual, convidam a vitima a viver com o seu "boureau"...
tudo vai bem...é consensual...

vendredi 28 septembre 2007

obrigado...


Agradeço os comentarios,
de todos, aqui, neste espaço, e aqueles que por aqui passam diariamente. Pois o “sucesso deste cantinho depende da interacçao que possamos estabelecer... interacçao entre todos nós, incluindo os silenciosos... pois o "doce" resultado, que aqui se pretende alcançar, dependera, creio eu, de todos nós, pois meu Caro MF, na minha ilha, a palavra “familia”, como veremos, mais tarde, espero, “veste-se” de todo um outro significado, o que nao impede que eu esteja de acordo consigo quanto ao “nucleo duro”, nucleo, este, imbuido nos contextos locais dos nossos respectivos paises, evidentemente, e no contexto que a a lingua portuguesa, confere ao espaço, no qual nos inserimos, em Africa em particular, e, no mundo em geral, pois, a minha condiçao de ilhéu, remete-me para importancia dos contextos globais na existencia de contextos locais, o espaço insular, confere-nos a particularidade, de, ter, por limite, dos nossos horizontes, a imensidão do mar, e, de, ter por limite as trocas sociais... o céu...

Elites


aeroporto de STP: Henrique Pinto da Costa, Maria do Rosario, Daio, Miguel trovoada , Leonel Mario D’Alva, Aristides Pereira, Manuel Pinto da Costa.
"…remexo a minha memória para encontrar o maior número possível de elementos da minha identidade, reuno-os, alinho-os e não renego nenhum deles" Amin Maalouf in: "As Identidades Assassinas" 1991

Patrimonio...


Esta foto foi tirada ha cerca de dois anos, numa “roça” em Sao Tomé, onde, as madeiras das casas dos ex- serviçais, sao utlizadas pelos habitantes locais, para a construçao de pocilgas. Destruiçao do ptrimonio. é. Sob o “olhar ausente” dos responsaveis do meu pais. Mesmo em epoca de eleiçoes, este lugarejo, nao chama atençao dos politicos, pois tem pouquissimos eleitores....
O Patrimonio cultural , em minha opiniao, mesmo aparentemente banal, deveria ser respeitado. Como pode o Estado pedir aos seus habitantes que respeitem o patrimonio, quando o proprio estado os (patrimonio + habitantes locais) ignora?

Pontoise... quartier latin


jeudi 27 septembre 2007

sometimes...



Anita Baker cartonou nos anos 80/90. O sucesso e a riqueza, nao lhe pouparam as contrariedades da vida, é, assim perde a mãe vitíma de Alzaimer e o pai vitima de um tumor maligno. Anita isola-se, deixa de cantar e de compor ... é, é a natureza humana... contudo, isso nao fez dela um personagem amargo, disparando “balas de fel” à esquerda e à direita....

É, ela sabe:
Sometimes you win, sometimes you lose
Sometimes you wanna cry,
sometimes you play the fool (...)

Natureza humana

O importante nao é cair, desfazer-se em mil pedacinhos, como um copo de cristal que cai do seu pedestal... o importante, é saber curvar-se, cuidadosamente, apanhar, carinhosamente, todos os cacos do chão, reconstruindo-os e reconstruindo-se paulatinamente, suportado pelos andaimes da vontade, e a candura da esperança, não perdendo, jamais, o horizonte da razão....

Sei, trabalho penoso este, mas, gratificante... sobretudo, quando a luz diáfana, se decompoem, radiosa, numa panoplia de cores, inspirando à criatividade...

elegância no feminino

O sistema anti Segolene Royal continua “a subir”. Já foram escritos 7 livros, (veja aqui), cada um mais mimoso que outro. O último é da autoria de Lionel Jospin.

A propósito de Segolene, Jospin escreve:
é um personagem que não tem qualidades humanas, nem capacidade política, para reorientar o partido Socialista”, entre outros miminhos.

Abrindo-se a primeira página de seu livro pode-se ler
os socialistas deixaram-se persuadir, pela candidata, com menor capacidade de ganhar.” é. é para rir sim senhor. Sobretudo, quando Jospin, nem sequer à segunda volta chegou, nas últimas eleiçoes em que participou, não soube gerir a derrota, bateu com a porta ao partido socialista, deixando-o sem leader...
é. é para rir.

Questionada mais uma vez sobre este “tiro ao alvo” visando, sua pessoa, Royal diz preferir
“debater ideis ao invés de debater pessoas”. Pergunto-me se nao seria preferivel intervir na esfera publica enquanto anonimo? o debate nao seria, assim, mais rico em ideias?
O problema, não está, no facto de criticarem Royal e a sua campanha, o problema, em minha opnião, reside no facto de querem imputar o descalabro do partido socialista, sobre os ombros de quem, melhores resultados obteve, o problema é que o partido socialista não quer olhar para o "seu umbigo"..., numa só palavra o "velho partido socialista" nao se apercebe que o mundo muda, e que existe uma palavra que se chama (re)estruturaçao. as dinâmicas de mudança, não se compadecem com a estagnação...
Se não existisse o corpo que da coerência significativa ao nome “Segolene”, o partido socialista, talvez, se concentrasse, mais, nos seus reais problemas...
...mas, um dia, um dia ... ainda viro feminista, por enquato, subscrevo a complementaridade de Elisabeth Badinter ...

mercredi 26 septembre 2007

Rollin ... quartier latin


cooperativas piloto nas "coumunidades" rurais...



-----

A ministra propos e os pequenos agricultores aceitaram? Sera que os pequenos agricultores tinhama outra alternativa? O que é que a acquisiçao de materias em Espanha tem a ver com a formação de cooperativas em meio rural? É a aquisiçao de materias indispensavel para a constituiçao da cooperativa? O financiamento destina-se à cooperativa ou aos materiais? Até quando continuaremos a criar projetos piloto no meio rural? Quantos projetos pilotos ja houve, antes deste Sra Ministra. O que é feito das associaçoes que existiam nessas "comunidades"? Esta-se a substituir as "associaçoes" por "cooperativas" ? Porquê?

Ano lectivo 2007/2008


estorias do acaso...



A “agricultura” tem razoes que a propria razao desconhece

universidade

A Universidade Lusíada de STP foi inaugurada no ano lectivo 2006/2007.

lundi 24 septembre 2007

elites


Primeiras mulheres no parlamento de STP

Foram 33 os primeiros deputados empossados em STP. Entre eles 4 mulheres:
Alda da Graça do Espirito Santo, Alexandrina Barros Lima, Maria Alves Barbosa do Espirito santo, Maria do Carmo Bragança Neto e Julieta da Graça Espirito Santo. Um pouco mais
tarde veio juntar-se a esta “fina flor” Maria do Nascimento Amorim.
-------------
Foto: Maria do Nascimento Amorim ao lado de Manuel Pinto da Costa - 1° Presidente da Republica de STP. Num segundo plano vemos Irondina Xavier, uma das mulheres activas na esfera social de STP.

Amor esse sentimento estranho...


O filosofo André Gorz, suicidou-se, em companhia de sua mulher. Dorine, esposa de Gorz, contava 83 anos, sofria ha muitos anos, de uma doença que evoluiu , para um tumor maligno. Gorz nao suportando o facto de viver sem o seu grande amor - Dorine, pois fim aos seus dias .
André Gorz foi jornalista e co-fundaddor da revista “nouvel obsevateur”. Foi amigo de Sartre, encontrou-o pela primeira vez em 1946. Autor de obras célebres como "Ecologie et politique", "Ecologie et liberté", "Adieux au prolétariat" et "Métamorphoses du travail", continuara vivo atraves da herança que lega a humanidade - os seus livros e o seu pensamento.

o discurso diplomatico não deve « matar » a acção diplomatica. É necessario uma permanente negociação entre o discurso e a acção sobre o terreno

“Cooperação com lagrimas”


Daqui da arquibancada da minha ignorancia, que so sei que nada sei, tenho seguido o debate em torno das lagrimas do primero ministro de Cabo Verde - José Maria Neves, a entrevista do investigador português, à agencia Lusa.

Confesso que de inicio, achei hilariante toda esta historia. Pois, é uma primeira esta da “cooperaçao com lagrimas”, por outro lado impressiona-me a logica posicional do investigador português neste processo de cooperaçao.

Pensava eu, que as tomadas de decisões em materia de cooperação se fizessem basicamente em torno da negociação. Supunha, que, esta ultima, permitisse ás partes envolvidas, afrontarem-se, com o objectivo de encontrarem possiveis bases de entendimento.

O que vieram, entao, as lagrimas do primeiro Ministro de Cabo Verde, fazer a publico? Pressuponho que antes de se deslocar a STP José Maria das Neves ja sabia de antemão em que condiçoes seus compatriotas viviam. Lembro-me que em finais de 2006 uma delegação de Cabo Verde havia estado em STP, afim de se inteirar, da sorte, de seus compatriotas que habitavam no meio rural. Daí, a pergunta, sera que as lagrimas de JM Neves, rolaram na ausencia de um projecto mais consubstancial para oferecer aos caboverdianos? Sera que na altura JMN, nao tinha mais nada a propôr a seus compatriotas? Ou sera que as lagrimas do primeiro ministro, apenas tinham o intento de reforçar sua posição na mesa de negociações?

A ser assim, as lagrimas de José Maria, deixariam de ser apenas um liquido segregado pelas suas glandulas lacrimais, para se transformarem em mais um elemento a adicionar à mesa de negociaçoes. No centro das atençoes, deixavam de estar, então, as lagrimas do primeiro ministro de Cabo Verde, passando a estar a representação em torno das ditas “lagrimas”. No contexto em que foram produzidas, as ditas lagrimas, inserem-se na continuidade do processo de construçao destes dois estados insulares, STP e CV, enquanto realidade social e politica.

José Maria ao verter algumas lagrimas em publico apenas fez uma tentativa de acordar o “passado adormecido” nos “terreiros das roças” em STP. Fazendo pender, desta feita, o prato da balança das negociaçoes, a seu favor. Até aqui nada de especial. Jose Maria estava apenas a tentar impor-se. Isto é, JM Neves jogou forte a nivel simbolico. Forçando, desta forma, o novo sistema de regras, fazendo com que, o acordo final, pendesse a seu favor. Tudo bem.

Agora, espanta-me o mutismo dos responsaveis Sao-tomenses. Fico, tao mais, espantada quando, a entrevista do investigador portugues surge, aprarentemente, no sentido de “embalsamar” as “sacrossantas lagrimas”, de JMN, parecendo, querer perpetuar, a velha relaçao que existia, entre caboverdianos e portugueses, por um lado e entre Cabo verdianos e os restantes grupos sociais, por outro lado. Espanta-me a forma como o investigador português parece, sublinho, parece, instrumentalisar o conhecimento cientifico!

Daí, que eu tente pronunciar em voz alta a pergunta que me cala a voz, ha alguns dias, a saber, qual é o papel do investigador na sociedade? Certamente, esta pergunta nao é nova. é. Pergunta quase tão velha como a propria ciencia. é. Por isto faz-nos sorrir a todos. Nao tem mal. Assim, pergunto qual é o papel do investigador nos meandros da cooperaçao norte/sul?

Sera que tem mal algum que os investigadores sejam vigilantes, que alertem o poder politico e a esfera publica para os problemas de sociedade? à primeira vista, penso, que nao. Alias o professor Mendes Ferrao martelou-nos a cabeça durante as aulas com a maxima: “aos tecnicos cabe informar aos politicos decidir”. Pressuponho, que isto signifique informar com clareza, independentemente, da utilizaçao dos decisores politicos, independentemente das simpatias que se possa ter, por este, ou por aquele povo, independentemente, do respeito que esta ou aquela naçao possam inspirar. Informar com clareza por respeito à ciência, informar com clareza por respeito aos seus colegas, informar com clareza por respeito à investigaçao enquanto tal, informar com clareza por respeito à academia.

Por favor corrijam-me se eu estiver errada: é coerente relacionar “os indices de frequencia de escolaridade com a pobreza nas roças em STP? Talvez. Mas, o que é a “roça”. A roça, grosso modo, nao é mais do que uma plantaçao agricola, e mais, as roças ja nem sequer existem em STP, foram vitimas de processos de reformas agrarias. A maior parte dos caboverdianos de quem estao, para aqui, a falar sao hoje “propriétarios” de suas parcelas de terreno. Coisa que nunca foram, nem no tempo colonial, nem no tempo da primeira Republica de STP. Ao tornarem-se “proprietarios” os antigos trabalhadores das roças (caboverdianos, angolanos, moçambicanos, forros e angolares) passaram a existir como individuos. Independentes. Satisfeitos, com a sua nova condiçao.
Agora, o que poderiamos analisar, o que deveriamos analisar seria, o lugar desses proprietarios, na agricultura de STP, seria o lugar que a agricultura ocupa hoje em STP, qual é a importancia que o governo Sao-tomense, acorda, neste momento à agricultura, e para terminar qual é o lugar deste pequeno país insular na agricultura mundial? A partir dai talvez possamos tirar com clareza, elaçoes acerca da pobreza no meio rural e consequentemente dos caboverdianos que aí vivem.

Sejamos pragmaticos, Sao Tomé e Principe, tem condiçoes edafoclimaticas que Cabo Verde por enqto, não as tem. Em vez de estarmos, a criar fracturas sociais, la, onde aparentemente nao existem, em vez de estarmos a esgravatar subsolos para fazermos a arqueologia do conflito sencacional, seria interessante se podessemos definir estrategias de desenvolvimento integradas, de maneira que soubessemos, a priori, o que queremos, e do que precisamos, ao invés de estarmos à procura de lagrimas, quiça, petrificadas pela pena magica de investigadores, consubstanciando, assim, politicas de desenvolvimento avulso, do genero “tapa furos”.

Pois, como disse
Langa, num de seus comentarios aqui “No meu entender as relações que estabelecemos no âmbito da busca – incansável – pelo desenvolvimento põe a prova, todos os dias, se merecemos ser considerados um estado soberano” e isto é valido tanto para Sao tomé e Principe como para Cabo Verde.

samedi 22 septembre 2007

Jorge Neto - Felicidade




Jorge Neto nasceu na roça Agua-Izé, seu pai, Henrique da Trindade Costa Neto, já falecido, era natural de Sao Tomé, sua mãe, Rosa Bettencourt da Graça, nasceu , em Santo Antão – Cabo verde. Jorge Neto retornou às ilhas do meio do mundo STP- para rodar a felicidade- o clip que vocês podem ver ou rever.


Hiiiiiiiiiiiiiiiiiiii “os descendentes chegam a frequentar a escola, mas também "não conseguem sair da pobreza"”.

é!!! É só rir... Quá li, (como se diz em crioulo forro, agora, nao sei, se, é assim que se escreve, perdoem-me os especialistas.)

Camilo Domingos - Santomé Sà Ginon



---------
Aqui esta um clip de Camilo Domingos, no qual podemos apreciar a dança contra todos os tipos de miséria...

Camilo canta em crioulo forro:

ai uééé Sao Tomé é nosso,
vamos viver todos, aqui,
em Paz e sossego, porque nós todos,
somos filhos desta terra... (e por aí fora)


Ja agora alguém pode-me dizer a origem das batucadas que escutamos? e a dança, de onde é? Sera mesmo sao-tomense? Nao sera uma puita angolana? Ou sera , talvez, um batuque de Cabo-verde. e aquela cambalhota, sera "capoeira" do Brasil?

é!!! É só rir... Quá li, (como se diz em crioulo forro, agora, nao sei, se, é assim que se escreve, perdoem-me os especialistas)

sensacionalismo e ciencia (4)


QUEM SÃO OS SÃO-TOMENSES?
A POPULAÇÃO DE SÃO TOMÉ E PRINCIPE, NÃO INCLUI CABO-VERDIANOS?! [I]


Choram em público, escrevem-se artigos, fazem-se reportagens, até livros escreveram a dissertarem sobre, a situação social dos ditos emigrantes Cabo-verdianos em S.Tomé e Príncipe. Aqueles, os antigos contratados para trabalharem nas roças, do antigamente, e os seus descendentes.
Até parece, até parece que naqueles tempos, os, únicos, que eram contratados, para trabalhar, eram Cabo-verdianos. Até parece que foram os únicos que geraram descendentes. Até parece!!!
Até parece que, a população de S.Tomé e Príncipe, os São-tomenses, não são uma miscigenação de povos e culturas de: colonizadores brancos, judeus, escravos, angolares, naturais de Angola, Moçambique e Cabo Verde[1]. A sério?! Sim!!! A minha bisavó, por exemplo, veio de Angola, mais precisamente, do kwanza sul, o meu bisavô é, um português de Mangualve. Eu sou um Forro!!!
Oh!!!! Então, os são-tomenses são, toda uma mistura!!!!!!!! É verdade. Mas os cabo-verdianos não fazem parte desta mistura!!! Não!?
Então, Jorge Neto, o famoso cantor cabo-verdiano, não é são-tomense?! Não, não é! Apenas nasceu em S.Tomé, e dizem que um dos progenitores é de São-tomense, e o outro, é Cabo-verdiano.
E o Camilo Domingos?! Esse é mesmo são-tomense, nasceu mesmo na Ilha do Príncipe. Ah! E os progenitores são, mesmo, cabo-verdianos de origem!!!!
Então, porquê toda essa polémica?! Porque, em S.Tomé e Príncipe, só os cabo-verdianos vivem na mais profunda miséria. O resto da população, os são-tomenses mesmo, vive tão bem!!! Até dá inveja!!!! É uma vergonha!!!
Nas roças, só existem cabo-verdianos e os seus descendentes. Aqueles, os únicos que foram contratados, antigamente, para trabalharem nas roças e plantações. Hummm!!! Nas roças de S.Tomé e Príncipe, não tem também, contratados e seus descendentes, oriundos de outros países?!
Oh!!! Então não vês a televisão, não ouves a rádio, não viste o ministro cabo-verdiano, a chorar?! Até já existe um livro!!!
Mas é verdade que os são-tomenses vivem melhor que, os cabo-verdianos. Então não, eles é que são são-tomenses!!!! Por exemplo, quem nasceu em S.Tomé mas é cabo-verdiano, e um dos pais é são-tomense e outro é cabo-verdiano. O progenitor que é são-tomense vive bem, e o que é, cabo-verdiano vive, na miséria profunda!!! Quem nasceu em S.Tomé e Príncipe, mas os, dois, progenitores são cabo-verdianos. Vive bem o filho, e os pais vivem, na mais profunda miséria!!!
E o governo não faz nada!?
Não, porque o governo é só dos são-tomenses. No governo não tem ninguém de origem cabo-verdiana. Teve ai, um descendente de cabo-verdiano que chegou a ser ministro, acho mesmo que, foi mesmo primeiro-ministro, mas, os são-tomenses, tiraram-lhe do poder. Houve ainda outro, se bem me lembro, que foi candidato a presidência da república, mas, como era evidente, perdeu né?!!!
Puxa! Mas a população devia fazer alguma coisa pa!!! Os comerciantes, os empresários…Sim deviam, mas não existe nenhum empresário cabo-verdiano, de origem ou descendentes de cabo-verdianos, nem tão pouco existe, comerciante algum, cabo-verdiano, de origem cabo-verdiana ou descendente.
E então?! Então aparecesse na televisão a chorar, faz-se reportagens, escrevesse artigos e livros, a dizerem que os cabo-verdianos são, muito maltratados!!! Coitados dos cabo-verdianos e os seus descendentes, em S.Tomé e Príncipe!!! Já só estão a espera da morte…
Mas isso deixa mal, os são-tomenses! Não Achas?! Nem pensar, os são-tomenses, nem tão ai p’ra isso!!!
Não percebo mais nada!!! A população de S.Tomé e Príncipe, inclui ou não, os cabo-verdianos?!
Hahahah! Não percebeste nada, pois não?! Eu também não! Vamos lá voltar a ler tudo de novo…



Obs: Desculpem a ironia, não gosto de o ser. Mas agora, foi mesmo preciso.

Humbah Aguiar
18/09/2007
-------
[I] recebi, hoje, este texto de Humbah Aguiar e reproduzo-o, na integra.
foto: Humbah Aguiar

vendredi 21 septembre 2007


Este é o cinema Marcelo da Veiga, no centro da capital, São Tomé, mas desde a sua reabilitação em 2001, o local nunca foi aberto para a exibição de filmes.
“percebe-se a preocupação cultural de um povo, a partir da existência e do estado das suas bibliotecas, museus e afins” disse-me um dia um amigo meu. Ainda que tivesse vontade, o povão, nao pode, com certeza, explorar a sala do cinema do Marcelo da Veiga, o governo esta ocupado com outras coisas, como por exemplo (ir)responsabilizar os responsaveis... pergunto porque nao investem os capitalistas soatomenses na exploração do cinema Marcelo da Veiga?

-----
Foto: aqui

Lettre a Jimmy


crianças


mercredi 19 septembre 2007

Os directores da escola do departamento Haut-Rhin receberam da inspecçao academica do mesmo departamento, um correio, pedindo-lhes o recenseamento de todos os estudantes “sans- papier” ( sem cartao de residencia). Este procedimento gerou um grande mal estar no meio academico. Pois, para alguns profissionais do meio a funçao do director da escola é educar e nao, a de, fazer o papel de policia.
O ministro da educaçao convocou, para quinta-feira, o inspector academico, exigindo-lhe explicaçoes sobre o sucedido

Les brûlots anti-Royal


Tests ADN et regroupement familial


A ler


il nous apprend que la fidélité n'est pas la reprise du mot à mot mais du monde à monde. Les mots ouvrent des mondes et le traducteur doit ouvrir le même monde que celui que l'auteur a ouvert, fut-ce avec des mots différents. Les traducteurs ne sont pas des peseurs de mots, mais des peseurs d'âme et dans cette histoire de passage d'un monde à l'autre tout est affaire de négociation...

"l'escroquerie intellectuelle"



mardi 18 septembre 2007

Ségolène Royal accuse Lionel Jospin de "racisme"




"J'ai l'impression en lisant tous ces ouvrages que si j'étais Jeanne d'Arc, j'aurais déjà été brûlée vive", a déclaré Ségolene Royal.

Responsabilizar os (ir)responsaveis (1)



"As multinacionais devem ser responsabilizadas pelo fenómeno da corrupção e não apenas os governos africanos", afirmou o governador do Banco Central de São Tomé e Príncipe , Arlindo de Carvalho.
Actualmente, "a grande questão que se coloca na corrupção é o problema do papel das empresas multinacionais no cumprimento estrito das regras de transparência e gestão das oportunidades". Soma e segue o governador do Banco de Sao Tomé
--------
foto: www. olhar.com

VII congresso afrolusobrasileiro CS- Maputo


lundi 17 septembre 2007

O sensacional-ismo e a ciência (3)

Entendo por sensacionalismo a tendencia para produzir grande impacto na sensibilidade dos outros atraves de noticias ou atitudes espectaculares. É uma forma de se tornar notavel. O sensacionalismo não é fenômeno novo nos meios de comunicação. A manchete “cao morde homem” dificilmente venderia jornais mas “homem morde cao” certamente o faria.

Assim sendo, querer existir pelo sensacionalismo sera um problema? Nao sei. alias, nem sequer sei se esta questao faz sentido. A questao que me apoquenta, de facto, é se os “factos sociais” devem-se revestir de sensacionalismo para se tornarem visiveis? Noutros termos sensacionalismo e ciencia sao compativeis? A Ciencia pressupoe, o conhecimento certo e racional sobre a natureza das coisas ou sobre as suas condiçoes de existencia. A ciência implica investigaçao metodica das leis dos fenomenos. Sendo assim uma investigaçao cuidadosamente metodologica dos fenomenomos pode ser sensacional? Sera o contrario verdadeiro?
Talvez a resposta esteja na utilidade pratica da pesquisa social de elisio macamo.
Entretanto na senda de comentarios feitos ao artigo sobre Nascimento e o seu livro registo aqui o comentario de Jaime Duarte, um economista portugues:
"Falei há dias com um desses ex-serviçais: José João da Cruz, oriundo da ilha de S. Nicolau. Tem cerca de 70 anos, está doente e vive sem família na Roça Vanguarda, perto da Trindade. Recebe 180.000 dobras por mês (cerca de 10 euros). "
Eu pergunto José Joao ganha cerca de 10 euros porque é Caboverdiano? Ou Porque nao tem familia? Ou sera que os 10 euros sao apenas o fruto da sua reforma? em caso afirmativo, a reforma José Joao Caboverdiano sera diferente da reforma de José Joao o angolano, de José Joao o moçambicano, de José Joao o angolar ou de José Joao o forro?
--------
Nota : o texto da "utilidade pratica da pesquisa social", versa sobre o caso moçambicano, mas penso que todos nos deveriamos lê-lo. nao nos faria mal algum. A ciencia é universal.

O sensacional-ismo e a ciência (2)


Um olhar atento sobre algumas declaraçoes de Nascimento:

“em declarações à Agência Lusa, Nascimento diz que “não há dados sobre o número de imigrantes cabo-verdianos em São Tomé, mas estima-se que rondem os 10 mil, incluindo os descendentes.
Quem estima que rondam os 10 mil? Como chegaram a esta estimativa? Se nao existem dados sobre os imigrantes cabo-verdianos em Sao Tomé, quais foram os dados utilizados por Nascimento?

"Vivem em condições de miséria, no mato e em antigas roças, que estão degradas adiantando que os mais velhos "já desistiram de trabalhar" salientou, Nascimento.
Pergunto nessas roças apenas vivem caboverdianos? Ou sera que sao apenas os caboverdianos que vivem em condiçoes de miséria? Que roças visitou Nascimento? Todas? Em todas as roças de Sao Tomé os miseraveis sao apenas caboverdianos? Os caboverdianos idosos deixaram de trabalhar porque? Porque se sentem” miseraveis”, “abandonados”, ou porque a idade ja nao permite que o trabalhem? Durante quanto tempo fez Nascimento o seu trabalho de terreno e em que roças?
Augusto Nascimento aborda ainda o contextohistórico, político e social em que os ex-trabalhadores cabo-verdianos vieram para as roças e a sua trajectória de empobrecimentoapós a independência do país, em 1975."Na altura da independência, os ex-serviçais acreditaram naspromessas dos são-tomenses e optaram por ficar em São Tomé".
O que tem a ver o contexto historico em que os ex-trabalhadores caboverdianos foram para as roças e a sua pobreza ? Os ex-serviçais acreditaram nas promessas dos saotomenses e quem nao acreditou na altura nas promessas dos governos pos-independencia nos espaços lusofonos em geral e em STP em particular? Os ex-trabalhadores angolanos, moçambicanos , angolares e forros que habitam as roças sao ricos? Porque optaram por ficar os caboverdianos em sao Tomé a seguir independencia? parece-me ser esta a questao fulcral.

E agora meus senhores e minhas senhoras a frase fétiche os descendentes chegam a frequentar a escola, mas também "não conseguem sair da pobreza"”.
O que tem a ver o facto de descendentes de serviçais frequentarem a escola com a “pobreza”?
Quis Nascimento dizer que as pessoas em questao nao ultrapassam o limiar da pobreza porque sao caboverdianos, ou porque nao têm rendimentos suficientes que lhes permitam vencer o limiar da pobreza? Como se explica o fenomeno do malogrado cantor Camilo Domingues que saiu das roças e cartonou pelo menos no espaço lusofono...

“Ex-serviçais cabo-verdianos sentem-se "abandonados" e apenas esperam "pela morte"” A partir de que momento e em que circunstancias os Cabo-verdianos começaram a sentir-se abandonados?

"A pobreza é de tal ordem que explanam considerações acerca de serem, ou não, criaturas de Deus, pois têm de comer banana com bicho que está no mato ou búzios, que procuram para ver se conseguem algum alimento. Na melhor das hipóteses, aspirarão a adquirir uma pouco de manteiga para enganar o pão", escreve o autor do livro.
A pobreza afasta-se dos dominios do racional para emprestar tonalidades folcloricas as praticas magicas religiosas, assim o governo de Sao Tomé e o de Cabo verde terao dificuldades enormes, presumo, em combater esse flagelo irracional em forma de “bicho” que se chama pobreza.

O sensacional-ismo e a ciência (1)



A noticia que reproduzo aqui extrai-a do yahoogroupes de STP. Por favor leiam-na com muita atençao. farei o meu comentario mais tarde.


Caminhu Longi


São Tomé e Príncipe: Ex-serviçais cabo-verdianos sentem-se "abandonados" e apenas esperam "pela morte"Lisboa, 14 Set (Lusa) -


Os antigos trabalhadores cabo-verdianosdas roças em São Tomé e Príncipe na época colonial sentem-sehoje "abandonados" e "desonrados" por nada terem, estando muitosapenas "à espera da morte", segundo um livro a publicar quarta-feira."Nós estamos à espera, aqui em São Tomé, da morte, mais nada,cada um de nós está à espera do nosso dia", referiu um imigrante cabo-verdiano em São Tomé ao autor do livro "O fim do caminhu longi", oinvestigador português Augusto Nascimento.Ao longo de 144 páginas, o investigador do Instituto deInvestigação Cientifica Tropical, em Lisboa, retrata o quotidiano e avida de "miséria" dos milhares de cabo-verdianos que na épocacolonial trabalhavam nas roças para os portugueses.Em declarações à Agência Lusa, Augusto Nascimento disse que nãohá dados sobre o número de imigrantes cabo-verdianos em São Tomé, masestima-se que rondem os 10 mil, incluindo os descendentes."Vivem em condições de miséria, no mato e em antigas roças, queestão degradas", salientou, adiantando que os mais velhos "jádesistiram de trabalhar" e os descendentes chegam a frequentar aescola, mas também "não conseguem sair da pobreza"."A pobreza é de tal ordem que explanam considerações acerca deserem, ou não, criaturas de Deus, pois têm de comer banana com bichoque está no mato ou búzios, que procuram para ver se conseguem algumalimento. Na melhor das hipóteses, aspirarão a adquirir uma pouco demanteiga para enganar o pão", escreve o autor do livro.Na publicação, Augusto Nascimento aborda ainda o contextohistórico, político e social em que os ex-trabalhadores cabo-verdianos vieram para as roças e a sua trajectória de empobrecimentoapós a independência do país, em 1975."Na altura da independência, os ex-serviçais acreditaram naspromessas dos são-tomenses e optaram por ficar em São Tomé", disse,sublinhando que "fizeram um mau cálculo político sobre o futuro dopaís".Augusto Nascimento referiu ainda que as condições de vida destaspessoas se foram degradando, tornando-se assim difícil o regresso aCabo Verde.Os últimos "gabões", como são conhecidos os ex-serviçais em SãoTomé, chegaram ao país em 1970."O Fim do Caminhu Longi", que resulta de recolhas efectuadas aolongo de vários anos em São Tomé e Príncipe, vai ser apresentadoquarta-feira na Casa Fernando Pessoa, em Lisboa, e publicado napróxima semana.Na visita que efectuou em Agosto a São Tomé e Príncipe, oprimeiro-ministro cabo-verdiano, José Maria Neves, anunciou aintenção dos governos dos dois países iniciarem um diálogo tripartidocom Portugal para conseguir apoio para os antigos trabalhadores dasroças.CMP.Lusa/Fim

Elite pode ser uma referência genérica a grupos posicionados em locais hierárquicos de diferentes instituições públicas, partidos ou organizações de classe, ou seja, pode ser entendido simplesmente como aqueles que têm capacidade de tomar decisões políticas ou econômicas.

Un amendement au projet de loi sur l’immigration, qui prévoit dans le cadre du regroupement familial d’effectuer des tests ADN sur les candidats, a été adopté mercredi à l’Assemblée nationale. Plusieurs responsables politiques et associations françaises de défense des droits humains ont déjà exprimé leur indignation face à une telle pratique. Autre amendement qui fâche dans ce projet de loi : la levée de l’interdiction des statistiques ethniques.



Aconteceu ...

Com o objectivo de desalojar os SDF (sem domicilio fixo)do centro da cidade, o presidente da camara d'Argenteuil (Val-d'Oise) utilisou repulsivos nauseabundos- "Malodore".
Uma soluçao triste mas necessaria arguiu o presidente Georges Mothron. Preciso que o presidente é da UMP, partido no poder.
O partido socialista protestou acusando a camara d'Argentil de proceder "a caça aos pobres". Morthon, viu-se assim, obrigado a suspender o uso de "Maladore".



dimanche 16 septembre 2007



Navego pela blogosfera a um certo tempo, particularmente pela blogosfera moçambicana de ciencias sociais. têm trabalhos interessantes, acho.

Foi justamente um post de Carlos Serra intitulado cartografar-os-capitalistas-nacionais que me inspirou o titulo do blog, vamos la ver se serei capaz de reflectir de forma interessante sobre este assunto...

Alias ja havia colocado muitas perguntas num dos comentarios que fiz, tais como...

"Mais, para que serve tudo isto, para que serve todo este zururu? Se se descobrir que certas familias acumularam capital pela via ilicita, essas familias serao destituidas de seus bens? :) Serao esses bens repostos nos cofres do Estado moçamicano? Serao estes bens restituidos aos moçambicanos? Quais as medias a serem tomadas para que nao mais haja acumulaçoa ilicita de capital? Enfim quais as medias a serem tomadas para que as premissas da contabilidade nacional moçambicana se tornem transparentes?Ja agora, inverto a questao que o amigo Eugenio coloca no seu blog e pergunto a construçao de uma elite passa necessariamente pela acumulaçoa intransparente de riqueza?"

Perguntas com ares de certeza, nao é? Acontece que agora eu propria tenho duvidas. É sim, a unica certeza que tenho é que tenho duvidas.

nao sei o que daqui vira...
se algum dia chegar ao fim deste blog, voltarei para escrever a introduçao...
por enquanto "elites" é apenas um espaço vide...