samedi 27 octobre 2007

insatisfeitos

crianças abandonam a escola


cacau



energia solar


"coup de cœur"

apanho o onibus de Sara Tavares.
balanço o corpo e com ele a memoria também.
a minha memoria.
tenho saudades, saudades dos lugares para os quais esta musica me transporta,
saudades de, parte alguma...

lundi 22 octobre 2007

Ordem (3)




Os mal alojados, fizeram varias tentativas de acampamento na rua de la banque, em Paris, veja aqui e aqui. São cerca de 100 africanos, do Magrebe e da Africa subsahariana. Existem parisienses, que os olham com desconfiança. Mas, existem outros, solidarios. Entre estes, varios artistas franceses . Carole Bouquet, por exemplo, critica a atitude da ministra do alojamento. Carole declarou: “Eu sei que nos não podemos encontrar a solução estalando os dedos, mas pelo menos que a ministra se desloque”. O humorista Guy Bedos condena o imobilismo dos politicos tanto da esquerda como da direita...

quando o sul vence o norte...



sagra-se campeã mundial de rugby 2007.
Esta é a segunda vez que a Africa do sul ganha este troféu. A primeira foi em 1995. A final ocorreu na presença do, presidente Sul Africano, Thabo Mbeki, do primeiro Ministro Britanico, Gordon Brown, e do presidente Francês, Nicolas Sarkozy.
de quoi rêver ...
nos somos capazes.
Africa nao é so fome, guerra, criminalidade e pobreza.
Eu acredito...
podemos superar as nossas diferenças...
Africa é possivel
cimeira norte sul é..."a nossa vontade de vencer".

dimanche 21 octobre 2007

Plantas Viajadoras...



O cacau, esse grande viajador ...

A primeira classificação de cacau foi feita em 1753 quando Lineu, deu o nome de Theobroma cacau (comida dos Deuses) à arvore do cacau. Contudo este não foi o primeiro nome latino. Em 1626, Petrus Martyr Anglerius chamou ao cacau Amygdaloe pecuniarioe, e era usado como moeda pelos indios.
O cacaueiro, Theobroma Cacau L, pertence à família das Sterculiáceae. É originário de América Sul, possivelmente dos vales dos rios Orenoco e Amazona, onde se encontra em estado espontâneo.

A planta foi levada para fora da área de dispersão em tempos muito antigos. Era já cultivada pelos Aztecas e Mayas quando os Espanhóis chegaram à América Central, em principio do Século XVI.Funcionava na região como moeda corrente entre as populações Mayas e Aztecas.Supõem-se que teria sido inicialmente utilizado pela polpa açucarada e a partir da qual preparariam uma bebida adocicada.
É só no século XIX que a planta é trazida para África. Quando já fazia furor nas cortes europeias, desde 1585 época em que chegou a Sevilha o primeiro carregamento oficial proveniente de terras de Vera Cruz.
José Ferreira Gomes trouxe o Cacaueiro do Brasil para a ilha do Príncipe como planta ornamental em 1822 e nessas condições se manteve durante muitos anos. Daí é levada para a ilha de São Tomé e Fernão do Pó, donde um índigena de nome Tetteh Quarshie terá levado uma planta para terra firme de África (antiga Costa do Ouro) em 1879.
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Apesar de ter viajado tanto, o Thebroma cacau continua a dar os seus frutos no sul, fiel ao clima tropical e quiça à pobreza...
é a partir desta plantinha, viajadora que se fazem os chocolates... a transformação do seu caracter começa a ser feito a sul, onde inumeras trasnformaçoes tecnologicas lhe conferem o nome de "favas de cacau", normas internacionais continuam a formatar a sua identidade: assim vamos ter cacau de primeira e extra, digamos as elites do cacau, aqueles que fazem as delicias dos grandes chocolateiros, aqueles que viajam em primeira classe. Viajam para norte, onde, continuam as transformaçoes tecnologicas, as "favas de cacau" passam a ser requintadas delicias para a boca - os chocolates - finamente aromarizados com o perfume de outras plantinhas viajadoras, como a baunilha, por exemplo... longo processo de integração, num contexto social, tão diferente dos vales do Orenoco e do Amazonas... ainda assim, o chocolate teima em guardar as suas origens, impondo, altivo, o seu nome latino - Theobroma cacao ...
Ironia do destino, os melhores chocolates do mundo, estao, hoje, expostos no salão do chocolate em Paris. Neste salão, o chocolate, espelho, da confluencia das multiplas identidadeas do teobroma, brilha, pelo seu sabor, estetica, origem geografica... Varios são os paises que se fazem representar, sob a batuta, desta plantinha, viajadora, originaria da America latina... STP esta presente. O representatnte de STP tem residencia em Marseille...
STP ja foi no longinquo sec XIX primeiro produtor mundial de cacau. Ja foi um pais essencialmente agricola, cuja economia dependia sobretudo do cacau, café e copra... Hoje, vive de esperanças, esperanças que um dia o petróleo jorre... e volte a irrigar, os solos, ja ferteis, das ilhas do meio do mundo ...

vendredi 19 octobre 2007

TOURO


O Resistente. Que encanta mas agressivo. Pode parecer enfadonhos, mas não são. Trabalhadores duros. Amável. Forte, tem resistência. Seres sólidos e estáveis e seguros dos modos deles/delas. Não procuram atalhos. Orgulhosos da beleza deles/delas. Pacientes e seguros. Fazem grandes amigos e dão bons conselhos. Bom coração. Amam profundamente - apaixonados. Expressam-se emocionalmente. Propenso atemperamento-acessos de raiva ferozes. Determinado. Cedem aos seus desejos frequentemente. Muito generoso. 12 anos de azar se você não remete.
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foi o meu mano quem me enviou. achei graça. postei. não continuei a cadeia. prisão. condenada a 12 anos de azar :-)


FAO à beira do precepício

Segundo um relatorio realizado por um comité d’experts independentes, a burocracia da FAO é asfixiante, seus projetos sao inadaptados. A gestao ultimos directores da FAO, a saber do senegalês Jacques Diouf e o seu antecessor, o Libanes Edouard Saouma, é fortemente criticada. As nomeaçoes aos postos chaves sao de ordem politica.

jeudi 18 octobre 2007

1 mundo melhor...





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Ja agora porque é que o mundo iria melhor se fosse apenas dirigido por mulheres? Estranho!!! Tanto mais vindo o pensamento de uma mulher que ocupa um cargo publico. Cargo que ja foi ocupado por homens. O que mudou na Africa do Sul depois Phumzile Mlambo-Ngcuka ter acedido ao poder? As tranformaçoes que ocorreram na Africa do Sul durante o mandato de Phumzile Mlambo-Ngcuka prendem-se com o facto de, esta, ser mulher? Ser mulher é condiçao necessaria e suficiente, para se governar melhor o mundo?! As motivaçoes de uma mulher sao diferentes das de um homem face ao poder? Tem a natureza do sexo algo a ver com o poder? A questão que se poderia colocar e isto seria merecedor de uma analise séria e profunda é se o genero tem algo a ver com o poder. O genero, masculino ou feminino enquanto vivência cultural e social, defenindo-se, por oposiçao a noçao do sexo.

Por outro lado, parece haver algo que Phumzile Mlambo-Ngcuka, se esqueceu, dos homens ,sim esses mesmos, os homens, os nossos companheiros, o que fariamos deles? O que fariam os homens, enquanto suas esposas, irmãs, amantes iam trabalhar? Ficariam em casa a tomar conta das crianças, preparavam-nos as refeiçoes, ocupavam-se da lida da casa, ou iriam para um club de musculação? Enquanto nós, vestidas de “gentileza” e “delicadeza” dirigiriamos docilmente o mundo?!! enfim... sem comentarios

teste ADN



mercredi 17 octobre 2007


"o Homem nasce duas vezes: a primeira do corpo de sua mãe e a segunda pela educação"


Jean-Didier Vincent

mardi 16 octobre 2007

"está de olho"...



...vigilância constante




Amor esse sentimento estranho...



Hoje, hoje é dia mundial da alimentação. Tinha preparado, a postar, uma seria de artigos, alusivos ao dia, fotos, do mercado da cidade de Sao Tomé, fotos do mercado da place Monge,fotos de crianças vitimas da fome, quando de repente oiço na radio que Bertrand Cantat saiu da prisão.
Bertrand Cantat
é vocalista do grupo de rock francês “noir désir” (desejos negros). Marie Trintighant, actriz, foi companheira de Cantat, morreu a 27 de Julho de 2003, em consequência de uma disputa conjugal. Mais precisamente Cantat matou Trintignat. Casos destes em França, existem muitos. Dizem. A diferença é que este casal é mediatico. Chama atençao. Suscita discusões apaixonadas e apaixonantes.
É claro Marie Trintignant está morta. Ela perdeu a sua vida. Evidentemente, que como mulher, isto, nao me é, indiferente. Acresce ao facto que, como ser humano, nao pactuo com, tipo algum, de violência. Entretanto, nao sou, indiferente, ao outro lado lado da historia. Pergunto-me, assim, o que sentirá, de facto, Bertand Cantat? Certo, Cantat já está em liberdade condicional. Mas será que o seu espirito, tambem, está em liberdade? Não continuará, o espírito de Cantat, prisioneiro de sua propria acçao? Sera Cantat verdadeiramente livre algum dia? Livre de corpo e alma?
Certamente suscitarei a incompreenção das mulheres, a incrédulidade dos homens mas, penso que a violencia conjugal se inscreve no quadro de uma relação. Ao fazer esta afirmaçao nao estou a negar a violencia feita às mulheres, não estou a afirmar tão pouco que Marie Trintignan, é culpada de sua morte, que Maria procurou a sua morte... nao, nao posso, e nao quero fazer tais afirmaçoes. Apenas quero dizer que a violencia conjugal materializa-se nas relaçoes conjugais, a violencia conjugal constroi-se, para além da dicotomia culpado, vitima, agessor, agredido....
As consequencias da violencia conjugal extrapolam o dominio privado, condicionam as relaçoes da esfera publica e têm implicaçoes , na esfera economica, exemplo, voltará Cantat a cantar, quais as implicaçoes desta calamidade sobre os outros membros do grupo “noir désir”, quais as repercursoes na industria do disco, etc ,etc. Quais as repecursoes desta calamidade nos filhos do casal? Conseguiram eles superar essa tragedia? O odio formatara suas vidas?
Como vêm, a historia deste casal, extrapola o dominio privado e o dominio local, é uma historia “banal” que demosntra quão complicadas podem ser as relaçoes humanas. O amor, condiçao necessaria, para a felicidade de todos os homens é também motivo de dramas reais. Por amor se mata, por amor se nasce. Amor, motivo de felicidade, motivo de tragédia. Situação complexa. Amor, pode ser sinonimo de liberdade, liberdade por exemplo, na escolha do parceiro, liberdade condicionada e anulada pela institucionalizaçao das relaçoes conjugais, em termos de deveres e obrigaçoes definidos juridicamente. Qual é o lugar do amor na construçao das relaçoes sociais? Qual é o lugar do amor na organizaçao das sociedades? Amor e sua teia de relaçoes, questao de esfera publica ou questao de esfera privada?
amor esse sentimento estranho...
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lundi 15 octobre 2007

"coup de cœur"


Ela vai aos tratamentos de quimioterapia de saltos altos, elegeu por companheiro o seu baton vermelho, ela discute com as suas celulas malignas... ela é Marisa Acocella Marcheto, ela conta o seu cancro na mama em banda desenhada (BD) “29 seringas, 9kilos a mais, 15 manipuladores de radio, 11 assistentes medicos, 9 enfermeiras , 8 medicos, 1 factura de 140 000 euros, 2 rabinos e 1 padre". “Cancer and the city” é a batalha de uma mulher, Marisa, contra o cancro.
O que me encanta neste livro é a energia e imaginaçao de Marisa, é a desmistificaçao em torno desta doença, afinal tão frequente nos nossos dias.
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Porque, ainda, é esta doença um tabu? Qual é o impacto de tal doença na vida social de uma mulher? Esta a sociedade preparada para lidar com tal doença? Porque é que nesse momento onde a mulher precisa de ser suportada para vencer, os fantasmas negros que pairam sobre sua propria cabeça, é, normalmente, excluida ? silencio. Sera que no meio, dos intelectuais africanos a reacção é diferente? e nossos companheiros, nossos colegas africanos, as nossas colegas africans, na academia como reagem? Como reagem quando uma colega atingida por essa fatalidade não pode cumprir prazos para publicação, estar presente nos congressos? Em que lugar coloca-la? no lugar de vitima? preguiçosa? agressiva? indelicada?
Porque o cancro ainda é um tabu? a palavra tabu, noa sera ela mesma um cancro?
Perguntas de mulheres... ha coisas mais importantes com que nos preocuparmos, para a construçao de nossas sociedades... homem que é homem ocupa-se de politica. uma sociedade, nao se constroi com emoções, nem com desculpas...
e depois , o que importa a morte de uma mulher, se ela nao é, minha mae, minha filha, minha esposa, minha irma, minha filha, minha cunhada...minha...minha...
... e depois, sera que uma mulher sem um seio...ainda é mulher?

Africa e seus "tumores"

Varias vezes, tentei saber, porque se acorda tanto dinheiro à luta contra o HIV- SIDA. Mas, entre colegas e amigos, acharam-me cruel. Desconfio que, você, caro leitor provavelmente reagirá como eles. Contudo, arrisco...

Nunca percebi porquê que os governos em Africa devem combater o HIV- SIDA! Mulheres morrem, deixam orfãos, homens morrem deixam viuvas... enfim todo o mundo morre!!! É claro que a perca de vidas humanas, para além, da componente emocional, acarreta a desestruturaçao da unidade familiar, diminuiçao de força de trabalho, diminuição de rendimento por unidade familiar... o que seguramente tem repercursões negativas na economia dos países, que se pretendem, desenvolver.

Assim, dificil torna-se ignorar o flagelo HIV- SIDA. Nem eu pretendo que se ignore. Mas passando, rapidamente pelos sites da OMS em varios paises africanos, apercebi-me que acordam longos tratados à HIV-SIDA. Mas pouco ou nada, se diz, por exemplo, sobre o cancro do colo do utero, sobre a vacina que pode evitar tal doença e com ela a morte de mulheres, mães, filhas, irmãs... diminuindo o numero de orfãos e de viuvos... contribuindo para a diminuiçao da desestruturaçao de unidades familiares, consequentemente aumentar a força de trabalho e conseguir um efeito não tão negativo na economia dos paises que pretendem desenvolver-se.

Certamente que o numero de mortes causados pelo cancro do colo do utero é inferior ao numero de mortes causadas pelo HIV-SIDA. Mas, foi posta no mercado no fim de 2006 uma vacina destinada a prevenir esse tipo de tumor. Dispomos, pela primeira vez de uma vacina capaz de prevenir um tumor e de reduzir os cancros do colo do utero. Certamente, a vacina é cara. Talvez , seja por isto que tenha sido fortemente publicitada na Europa e quase ignorada em Africa. Onde só uma elite priveligiada pode apanhar o aviao para países onde a vacina e outros tratamentos estejam à disposiçao das mulheres. A restante populaçao feminina, morre feliz, porque ignorante.

Acresce ao facto de existirem outros tipos de cancro, cujo indice de mortalidade tem aumentado nestes ultimos anos, na Africa subsahariana.
Porque nos preocupamos apenas com aqueles que sabemos que vao morrer e nao com aquelas que ainda podem viver? Sera crueldade colocar esta questao? Digam-me por favor.

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foto: tirada aqui

dimanche 14 octobre 2007


Jardim de palavras (2)


Narcisismo

quem sou eu ? que posso fazer da minha vida? o que podemos fazer da nossa vida? dar-lhe uma forma bela, impôr-lhe regras. aceitar normas. organizar-mo-nos, construindo uma harmonia entre os actos e as palavras. equilibrio. organizar a vida, organizar a nossa vida. vida, matéria bruta à qual poderemos dar uma forma visível, reconhecida e admirada. idependentemente do seu conteudo. Implica isto, trabalho. trabalho, sobre si proprio. sera possivel trabalhar sobre si proprio? trabalho de si para si. trabalho de mim para mim. o que significa trabalhar sobre si proprio? Ignorar o contexto que nos rodeia? Sera possivel ser-se uno e universal? exercicio de construçao? invençao de mim mesma? Invençao de si? eu face ao meu proprio eu. eu face a ti eu face a face, eu. existo? Sem o outro? existo? Toda esta construção de mim, esta invenção de si, exige um esforço de práticas de objectivaçao, e de exercícios espirituais, de praticas de subjectivaçao, confissão, aceitação, desejos, ser, ser humano, a distância que se cosntroi entre mim e as multíplas personalidades do meu eu, nao é aquela de um “segredo” a conhecer, mas de uma “obra” a construir. Desejável seria, portanto, olhar, para este esquisso, estética da existência, minha ou tua, não como um hino ao narcisismo camuflado, uma exultaçao individualista, do ser que habita em mim, em ti, em nós, mas sim, para o sujeito que se constroi face a tudo que o destroi e o constroi. Um sujeito de acçao. interessado e sensivel. racional e irracional. Um sujeito de acçao. acçao? o que é acçao?

samedi 13 octobre 2007

Jardim de palavras (1)


Sanduíche.
Escrever,compôr, numeros, letras, letras, riscos, rabiscos, representar, imaginar, escrever, compôr, redigir, narrar, respirar, soluços sufocados na garganta funda, calados na garganta profunda, respirar, respirar nos labirintos da palavra, palavra amarga, opressora, torturadora, doce libertadora, amiga reconciliadora, palavra, lavra, semente, germina germina, cresce, floresce , frutifica, semente, vento, disseminia, multiplica, comunica, descansa, areia, água, germina, embrião, endosperma da mãe, utero, germina, produtora, utero, produçao, frutos, cotiledonos, angiospermicas , gimnospermicas, palavras, escreve, palavra, fala, palavra, cala, palavra, calada, falada, escrita, surda, suicida, autoritaria, palavra...desenvolvimento, africa, mulher, humilhada, excluida, amante perigosa, marginalizada, fragil equilibrio, exclusão, esteira da prosapia, escrever, compôr, numeros, letras,letras, riscos, rabiscos, sanduíche, liberta, Sanduíche.

vendredi 12 octobre 2007

Na veia...


Silencio

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Estranho, os paises em via de desenvolvimento sao reputados lugares paradisiacos, onde apesar da pobreza, fome as pessoas sorriem, cantam e dançam, enfim são livres! Porquê, que os indices de suicidio aumentam nesses paises? O suicidio é um acto individual ou um acto colectivo? O suicido é um louvor à marginalizaçao? é um louvor ao sucesso? é o suicidio um acto de coragem ou de fraqueza? Incomoda realmente o suicidio? Até onde somos cumplices? até onde somos cegos? até onde convem-nos ser cegos? até onde somos surdos? alguém nasce com o gene suicida? ou torna-se suicida? Porquê?

jeudi 11 octobre 2007

"Ils" ce sont les mots...


"Ils sont sulfureux, hypocrites, indiscrets ou provocateurs. Ils font et défont les candidats, portent aux nues ou démolissent les idées, les programmes, les systèmes de pensée. Ils sont imaginés, élaborés et rodés dans le secret des cabinets politiques pour frapper les esprits. Ils reprennent parfois leur liberté, deviennent tics, dérapages ou lapsus et révèlent alors la stratégie des candidats, des pans insoupçonnés de leur personnalité, leur âme et le fond de leur pensée. " Ils ", ce sont les mots. Et dans la conquête du Graal élyséen, où tout est communication et sémantique, ils pourraient bien faire pencher la balance... "
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Teste ADN


mercredi 10 octobre 2007

ordem (2)


A magia está...


Cimeira UE- Africa, para além do simbólico...


nobel

O premio nobel da fisica foi atribuido ontem, terça feira 9 de outubro, a um francês Albert Fert e a um alemao Perter Grünberg.
Estes dois senhores contribuiram, com as suas invençoes, para a reduçao da dimensao do disco duro Isto permite-nos por exemplo, armazenar, uma infinidade de musicas, no nosso minusculo ipod.

teste ADN


mardi 9 octobre 2007

Mouffetard... quartier latin


De caminho para o meu trabalho – restaurante-bar a sushi - passo por aqui, invariavelmente, todos os dias de manhã, paro, varro de um só olhar, todos os livros expostos na vitrina, em seguida, deixo que o meu olhar apressado se detenha em alguns titulos, aqueles que gostaria de ler, aqueles, aos quais digo, “no fim do mês estarás em minha casa”, en attendant, mantenho com eles, (durante o tempo que estiverm expostos) um verdadeiro dialogo, divago, viajo, sonho... por vezes, os titulos lidos ontem, parecem-me novos hoje, converso, pois o que estava lá escrito ontem, é o que esta lá escrito hoje, mas o que li ontem nao é o que leio hoje, pergunto-me porque será... paro dubitativa, olho para o lado, vejo largas passadas, de repente acordo... acerta o passo miuda, senao vais chegar atrazada...

Mon « Mugabe » à moi (2)


Penso que a tomada de posição do governo moçambicano, (tal como caiu de paraquedas) é, digamos, o reflexo daquilo que são as relaçoes sul/sul e norte/sul, "politicas avulso", tipo "tapa furos". Pois duvido que haja uma verdadeira estratégia por traz desta acção.
Entretanto, penso que , seria importante saber, o que ira mudar a partir da tomada de posição de Eduardo Koloma. O que mudara no Zimbabué? O que mudara em Moçambique? O que mudara nas relações entre a UA e a UE? o que mudara no interior da propria UA?
Dei uma voltinha, pela blogosfera, e pude constatar que, de facto as pessoas, estão, grosso modo, a reagir, apenas, como seres humanos desiludidos! Varias são as razões, eu propria nao fuji à regra, alias constata-se aqui.
Creio, em consequência, que, não é à “resistência à chantagem” que os cidadãos têm estado a reagir, mas, sim, à atitude passiva do Governo de Moçambique, face ao sofrimento dos cidadaos no Zimbabué. A indiferença do governo face ao que as pessoas designam de corrupção, de injustiças, de exclusão social, de violencia moral e fisica... as pessoas nao olham para a “resistência à chantagem” como o primordio de uma mudança, mas sim como uma concertação entre os dois governos, que se tornam tacitamente cumplices. Uma concertação entre as elites no poder. Os cidadãos estao a dar um cartão vermelho aos seus governantes. Nao hà confiança.
Sera que o cidadão moçambicano tem, estado, no dia à dia, orgulhoso do seu governo? Em caso afirmativo, quem são as pessoas que se sentem neste momento orgulhosas da acção do governo moçambicano? Seria interssante ver quem são os “a favor” e os “ contra” e ainda os que são “indiferentes” à tomada de posição de Eduardo Koloma. Por outro lado, quem gosta de ser oprimido e humilhado? Portanto é natural que a analise se bipolarize ( exemplo: Langa vs Mabunda) longe do factor “resistencia à chantagem”.
As pessoas estão a projetar nesta tomada de decisões do governo moçambicano, as suas angústias (problemas do dia a dia, problemas economicos, racismo, etc, etc). Por isto, penso, que a observação empírica permitir-nos-ia fazer uma tipologia dos actores, os que são “a favor”, os que são “contra” e, evidentemente, os que são “indiferentes”. Observariamos que, penso eu, as representações sociais seriam mais ou menos convergentes e divergentes , segundo o estatuto e o papel dos actores. Assim, encontrariamos influencias de representações sociais do passado, do presente, e da projecção de um futuro ancorado no passado, espelho do presente, das sociedades e/ou das instituições que pretendemos mudar.
Enfim, breve, o que està em causa, nao é a tomada de posiçao do governo moçambicano, mas a imagem que o cidadão, tem nomedamente, do governo moçambicano e do governo zimbabweano. É a representação em torno da acçao dos dois governos que impede, em minha opiniao, que as pessoas olhem para a atitude do governo moçambicano, materializado na pessoa de Koloma como um acto de “resistencia à chantagem”, isto é, como os primordios de mudança nas relaçoes entre UA-UE, como ponto de viragem nas relaçoes norte/sul, como ponto de viragem nas dinâmicas de mudança, nas relaçoes de cooperação, sul/sul e norte/sul.
A “resistência à chantagem” vista como ponto de ruptura, das relaçoes sociais, no interior dos varios sistemas, que dão corpo à tomada de posiçao do governo moçambicano, seguida de restruturação e hipotetica reorganização, mesmo, no limite, cristalização de novos processos de relações sociais, na interface desses mesmos sistemas, é um facto. Assim, olhando para a “resistencia à chantagem”, nao é Mugabe, nao é Tony Blair, nao é Gordon Brown, nem mesmo Eduardo Koloma que estao no centro das atençoes, mas a construção de um novo espaço social saído do conflito em torno da resistencia às reformas. Ao colocar “ a resistencia à chantagem” no centro da minha analise, esta, permitir-me-à, de esquiçar, a complexidade do fenomeno Mugabe, na Africa Austral em particular...
....é esta, aqui, e, agora, a minha opiniao.
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Este, foi , grosso modo, o comentario que havia colocado aqui

Valentim cura SIDA

“A Sida não tem cura e eu não tenho prova científica de que meu medicamento cura a Sida”, Valentim apressa-se a explicar. “Mas os quatro pacientes seropositivos que o tomaram por quatro anos agora testaram negativos.” Contudo, ele não pode mostrar nenhum teste, nem os pacientes, por causa da confidencialidade.
imagem

lundi 8 octobre 2007

Mon « Mugabe » à moi (1)


Tenho assistido ha meses um debate em torno de Mugabe, sem nunca me ter imiscuido.

Fiz uma tentativa de debater aqui e aqui, ao que parece foi infeliz. Pois, nao era para Mugabe, a quem, eu olhava, mas, sim, para mim. E isto aconteceu por duas vezes. Mugabe teve o condão de me colocar, face a mim propria. Ao fazer eventualmente, um discurso sobre Mugabe, uma multiplicidade de identidades pessoais me foram reveladas. O facto de ter sido obrigada a emigrar, o facto de ter sido obrigada a renuciar a meus diplomas e trabalhar, num restaurante -bar a sushi, o que, de vez em quando, acumulo com o trabalho de baby-setting, o facto de que, a minha carta de residencia esteja prestes a expirar, etc, etc, etc.
Ora, identifiquei-me, com, a totalidade das minhas impotencias, face aos decisores de poder africanos. Tem isto algum mal? Não creio. Apenas, projetei em Mugabe as injustiças de que julgo ter sido vitima, projetei em Mugabe a imagem do meu silencio falado, em retorno obtive um silencio calado. Por isto, peguei no telefone e liguei, para , elisio... nao obtive grande coisa como resposta, a nao ser que o “silencio” faz parte das regras da argumentação. é possivel.

Mas, penso, tambem, que o silencio, é uma forma perniciosa de recusar o debate. O silencio é uma forma de exclusão. Pois face a ele, fico, no mínimo, confusa. Creio estar-me, assim, a ser negada a possibilidade de contrargumentar. Esta-me a ser negada a possibilidade de, eventualmente, corrigir um hipotético erro. Mas, pior do que ser excluida é desconhecer as causas da exclusão. Esta situação, como é obvio, deixa-me confusa, na medida em que fico sem saber ao que reagir. Confusa e excluida. Contudo é uma situaçoa que nao deixa de ser interessante, por duas razões, aparentemente antagonica. Primeiro, elas revelam a nossa crença na ideia de que o silencio designa objectos claros. Claramente definidos. Contextualizados. Segundo, nao conseguimos identificar tais objectos. Os objectos nao sao claros.

Pois, se o silencio envia à calma, aparente, descanso do espirito e da alma, ele é tambem uma interrupçao de trocas de ideias. A contradição é evidente. Não obstante, é também evidente que existe algo em comum entre as duas razoes. Em ambos os casos o silencio procura transmitir um sentido. Mas qual?! Nao sei. Mas, sei, que, assim, o silêncio torna-se, percursor de um campo propício a novas relaçoes sociais, recomposiçao do espaço, um espaço, digamos, monolitico. Sera que é isto que desejamos para a nossa esfera publica? Creio que nao. Podemos descrever as implicaçoes emocionais em torno da acçoa de “Mugabe” pelo silencio? Nao creio. Podemos descrever as implicaçoes politicas e sociais em torno das questoes mais disparatadas que as pessoas possam ter? nao creio. Podemos compreende-las? nao creio. Podemos descrever o mundo atraves do silencio? Comunicamos atravez do silencio? Nao creio. Entao o que significa realmente o “silencio” na esfera publica? Sera que so podemos comunicar com aqueles com quem comunhamos ideias semelhantes? É verdade que deve ser mais facil. Mas, isto é razao para se bloquear uma comunicaçoa? Ao insistir-se numa ideia? É agressao? Ou sera incompreensao? Ou sera apenas a certeza da duvida?

Quanto a mim o facto de ter projectado a imagem das minhas impotencias em Mugabe, representa, apenas, que o problema em torno de Mugabe é bastante mais complexo... Significa que o facto de trabalhar num bar a sushi, nao me tornei japonesa, isto é Africa ainda representa algo para mim. Devo envergonhar-me desta constataçao? Nao. Os meus pensamentos, assim insignificantes sejam eles, servem para mudar, o mundo à escala do meu lugar. Mas, fico com duvidas, se o facto de trabalhar num bar a Sushi, permite-me integrar uma esfera publica, cujo suporte é a palavra? “Mon “mugabe” à moi” sera percursosr de exclusão a todos os azimutes? Nao sei. Mas, sei, que “mon Mugabe à moi”, me envia, a mim propria, apenas, a imagem , de uma mulher, interessada e sensivel, nao obstante todos as contrariedades que a vida lhe possa ter inflingido, ela ainda sorri... participando, como, pode, e, num espaço onde a palvra é, julgo eu, a minha patria.

teste ADN


elegância no feminino



Rachida Dati
uma mulher sensivel e corajosa, forte e fragil...

Rachida Dati é filha de pai marroquino e mãe argelina. Seu pai operario e mãe domestica, ensinaram-lhe a diferença entre o bem e o mal diz Ela. Rachida é economista e magistrada. Ela rejeita todos os clichés miserabilistas. Rachida diz que se a sua infancia foi dificil, nao porque os seus pais sao imigrantes, mas porque eram pobres.

Rachida Dati étonne. Qualificam-na por vezes de intrigante ao que ela responde “Eu sou magistrada, nao é uma intriga eu trabalho. Podem triturar os factos como quiserem, a verdade é que eu nada roubei. Jacques Attali (socialista), ao pé de quem Rachida, trabalhou um ano em Londres, confirma “ Ela nunca transgrediu no plano moral ela apenas conseguiu, magnificamente criar, para si, uma rede de influencias. Mesmo se Ela tenha preferido seguir um homem de direita, foi pela democracia que a politica a recuperou.

Rachida Dati torna-se ministra da justiça de França.

Ontem, domingo, 7 de Outubro, Michel Drucker recebeu-a no programa
VIVEMENT DIMANCHE. Rachida fez-se acompanhar de seu pai, alguns de seus irmaos e sobrinhos.
Ao longo do programa varias personagens deram o seu testemunho, entre os quais Simonne veil, mentor de Rachida e Nicolas Sarkozy, presidente da Repulica.

Independentemente do seu trabalho Rachida é constantemente fustigada por, o que chamam aqui, uma série de “ragots”, ataques pessoais, sobre o seu caracter, a sua familia, a prisão de seu irmão, tudo isto à margem de seu trabalho e suas competências.

O ultimo dessses “ragots” diz que Rachida Dati, comprou os seus diplomas. Em resposta, Rachida, autoriza-se a escrever, um livro. Pois ,diz Rachida “de la onde eu venho, nao se compram diplomas, e, de lá onde eu venho, nós temos interesse em sermos honestos, sinceros e nunca enganar nem mentir, porque sese descobre paga-se muito caro. E nao teremos direito a uma segunda chance” .

De Rachida Dati, Sarkozy diz ser uma mulher sensivel e corajosa, forte e fragil. Para Sarkozy ser sensivel significa preocupar-se com os outros. Ser sensivel significa entregar-se a fundo. Ser sensivel significa ser-se verdadeiro. Com o tempo diz Sarkozy aprende-se a construir uma carapaça e a gerir os ataques falaciosos...

samedi 6 octobre 2007

autocritica

analisar os fenomenos com a "cabeça" e nao com o "coraçao".

qto ao resto bola para a frente que atraz vem gente...


les femmes qui écrivent vivent dangeureusement

"Elles écrivent parce qu'elles en éprouvent la nécessité, le plus souvent depuis l'enfance. elles ecrivent non parce qu'elles sont femmes mais parce que leurs instrument, c'es la langue.

Et cette langue est la leur. A chacunne la sienne. Ce n'ai pas de la langue hérité qu'elles se contentent, car si elles ont pris sur elles d'en crire, c'est justement pour ne plus avoir de patrie."

ordem (1)



Um acampamento da iniciativa do DAL (direito ao alojamento), na cidade de Paris, foi desmantelado pela policia.


Fragilidade

1- mulher (africa)
2- recusar o poder (elite ?)
3- idoneidade (recusa ao debate)
4- emigraçao (cegueira)
5- imigraçao (silencio)
6 - exclusao (poder marginal)
7 - força (estupidez)
________
procuramos a resoluçoa para os problemas africanos nos corredores das grandes cimeiras, "vai ou nao vai ...", debatemos os problemas africanos, em funçao daquilo que o norte define, eternamente, dependentes independentes . teorizamo-los.
a meu ver o problematizar Africa é, tbem, problematizar, as relaçoes que estabelecemos, uns com os outros, sim, independentemente das caracteristicas espeficas de cada pais.
teorizemos essas relaçoes. é um ponto essencial. a nossa capacidade em marginalizar pessoas e com elas ideias...
a europa, nao é obrigada a albergar eternamente todos os emigrantes, particulermente os africanos, sao os que me interessam por afinidade geografica...
Porque emigram os africanos? porque existem tantos africanos cheios de diplomas, e estao, por essa Europa fora desempenhando trabalhos que nao sao compativeis com as suas qualificaçoes? porque nao regressam?
porque os seus paises de origem (em Africa) nao se preocupam com eles? mais, porque pagam,a preço de ouro, cooperantes europeus, para trabalharem em Africa?
porque, parece, que este problema nem sequer os incomoda. nao poderiam estes (os emigrantes africanos) se quisessem, contribuir, tambem ,
para o desenvolvimento de seus paises?
porque apenas damos importancia aos africanos bem sucedidos (idoneidade) e os outros? Porque, nao podem os outros contribuir, com suas ideias... uma vez que ja contribuem com as remessas monetarias.
outra coisa que me impressiona, a capacidade de mobilizaçao dos africanos na europa, manifestaçoes, greves, toda uma panoplia de reivindicaçoes... porque nao fazem reinvidicaçoes tbem em Africa?
sou contra os nacionalismos exacerbados, nao apresentam soluçoes aos reais problemas, mas nao se pode pensar a imigraçao na Europa sem pensar Africa...
a força apenas pode retardar os eventos mas, nunca impedi-los ... negociaçoes sao desejaveis,
reflitamos.

vendredi 5 octobre 2007

recommencer


créer ses propres outils. recomencer à zéro; Descendre au fond du "puits noir". Aller au plus loin du désaccord avec soi-même pour chercher la reconciliation intime . A chacune ses bricolages, son histoire personelle, ses rencontres amoureuses, son contexte historique, donc à chacune son itinéraire et ses chemins individuels...

utero


mulher

jeudi 4 octobre 2007

Poder


L’experience

Filme alemao de Oliver Hirschbiegel

filme extraido do romance Black Box de Mario Giordano. baseado na historia veridica de Stanford – Prison- Experiment”. experiencia feita num universo carceral. O objectivo foi de estudar a brutalidade extrema , que um individuo pode desenvolver, desde que lhe seja dado um poder ilimitado.

debilidade


"La maladie me libéra lentement : elle m’épargna toute rupture, toute démarche violente et choquante (…). La maladie me conféra du même coup le droit à un bouleversement complet de toutes mes habitudes ; elle me permit, elle m’ordonna l’oubli, elle me fit le cadeau de l’obligation à la position allongée, au loisir, à l’attente et à la patiente… Mais c’est cela justement qui s’appelle penser"
Nietzsche

olhar distraido...



Sera o dicionario machista?

reparem nos seguintes significados:

Homem:
mamífero, primata bípede sociável, que se destingue de todos os outros animais pelo dom da palavra e desenvolvimento intelectual; ser vivo composto de materia e espirito; ser humano; pessoa adulta do sexo masculino. Varão.

Mulher:
Feminino de homem; pessoa adulta do sexo feminino casada; esposa; pessoa adulta do sexo feminino de condição social modesta, em oposição a senhora.

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vejam só! descobri, descobri que, mulher sozinha não tem o direito de existir. Mulher define-se em relação ao homem, isto é ao sexo oposto. Mulher, define-se, ainda, em relação à sua posição social: mulher modesta em oposição a senhora...
Entretanto, prefiro pensar que, tenho um dicionario, muito antigo...
:)

mardi 2 octobre 2007

tranquilos


Olhar distraído...


orgulhosamente identificado...
quando o colectivo se sobrepoe ao individual...

Estava a dar a minha volta da praxe pela blogosfera moçambicana, quando o meu olhar distraído caiu aqui, levando meu pensamento para o campeonato de rugby a decorrer, neste momento, em França. Neste, nao há norte, nem há sul , nem leste, nem oeste, todo o hexágono, vibra em torno da selecçao francesa... e assim vai o mundo...

Sempre me impressionou a capacidade de mobilização dos franceses... infelizmente, no meu país
(STP), tudo é diferente... dizem que é por ser uma ilha, outros, dizem, que é por ser um país jovem, outros, ainda, dizem, que é, por ser um pais pobre... se calhar, até, outros, dizem, outras coisas mais ... pouco importa. Mas, para que serve, toda esta, conversa? Nada. Como já havia dito o meu olhar distraido, passeou-se por aqui... languido e preguiçoso, parou nos numeros, 764 visitas e 37 comentários registados disse de “olho para olho” Sera que os 37 comentadores visitaram a pagina 764 vezes? É possivel, mas, como nos ultimos tempos as unicas certezas que tenho tido sao dúvidas, dei por mim a olhar para aqui, na época, a frequencia, média, diaria (sem os primeiros seis meses), foi cerca de 238 visitas. Mas, ha sempre um mas, embora 70% dos leitores sejam permanentes, ha os que visitam o diario, varias vezes por dia. E agora, o que fazer? O melhor seria parar de pensar e ocupar-me das minhas coisinhas...
é. nao seria má ideia.

Acontece que lembrei-me que “a moçambicanidade é, também e sobretudo, um dever e uma tarefa: dever de conservar a liberdade e soberania duramente conquistadas ; tarefa de as consolidar e de as incrementar para as geraçoes futuras” . Enfim, é uma frase de Severino Elias Ngoenha que me tortura o cerebro, há já, algum tempo...

Porque sera a moçambicanidade ou uma outra “(...)nidade”, um “dever” e uma “tarefa”, dever de conservar a liberdade e soberania. Nao caberia ao Estado, e, tão somente, ao Estado o dever de preservar a soberania de Moçambique e a liberdade do cidadao moçambicano? Quando muito, cabera, ao exercito a tarefa e o dever de guardar as fronteiras do territorio moçambicano, nao? Bem, se assim nao é... Quais serão as outras razoes que poderao ser identificadas ao orgulho de ser moçambicano, por exemplo? Todas as razoes sao validas, creio, mesmo as mais irrisórias, tais como, suportar a equipa de futebol, comer matapa, amar a música, da dama do bling e do azagaia...apoiar a candidatura do blog de “um autor moçambicano” a um concurso internacioanal. Umh! blog?! Sim blog, porque nao? Sim, sim, mesmo nao sendo bloguista, que nao goste, hipoteticamente, do autor do blog, nao pactue na integra com suas ideias...

Entao se nao se pactua com as ideias do autor, nao se é bloguista, qual é o interesse em votar? O acto de votar num blog podera ser identificado com a moçambicanidade? Onde é que esse tal blog pode ser identificado ao “orgulho de ser moçambicano”? Sera o orgulho moçambicano ou o orgulho do propriétario do blog? Votar no tal blog é um dever?! Tarefa até poderia ser, pois deve dar trabalho responder a um montao de perguntas , prencher formularios e por ai fora, mas agora, dever?!!! nao sera "um bocado muito"?!!

Votar no bloguista ou nos bloguistas que levam as cores da bandeira nacional a um evento internacional, deveria ser, um dever. Acho. Pois, nao é a vitoria do bloguista que esta em causa. creio. Mas o que representa essa vitoria para Moçambique em particular e para Africa em geral. Isto é, ao se apoiar a candidatura do bloguista a acçao colectiva sobrepom-se à acçao individual. Nao é no bloguista que eu voto, mas na representaçao em torno do bloguista.

E a menina que escreve tudo isto, o que tem ela a ver com a vitoria do bloguista em questao? Nao é um bocado “puxa saco” e intrometida? Hiiiiiiiiiii Claro que nao. O que a identifica, com a vitoria do bloguista é o orgulho de ver o continente amado representado, é o facto de serem ambos utilizadores da lingua de Camoes... chegam estas duas razoes ou querem mais?!

Entao, nao acham que apoiar um blog moçambicano, num evento internacional deveria ser um dever, uma tarefa acima dos desejos indivividuais, das rivalidades, uma tarefa que se identifica com o orgulho de ser, no caso, moçambicano? Somos todos amigos da Lurdes Mutola? Nao. mas ficamos contentes quando ela ganha as medalhas "dela", nao? Os Mambas distribuem-nos o seu salario? nao. mas suportamo-lo até antes de ontem, nao?

Bem , caso tenha cometido alguma imprudencia, corrijam-me, por favor...